As autoridades investigam os relatos de populares que desconfiam que pelo menos 20 crianças tenham sido vendidas por causa da lei que obriga as famílias a ter apenas um filho.
A política de um filho por família entrou em vigor na China em 1982, para controlar o crescimento populacional no país, que atualmente tem 1,35 bilhões de habitantes.
A polícia desconfia que os pais entregaram os filhos a orfanatos e a instituições de solidariedade por não possuírem dinheiro suficiente para pagar a multa de 640 euros.
A agência Reuters recorda o caso publicado na revista chinesa Caixin Century. Tudo aconteceu em 2005 quando jornalistas desta publicação contaram a história do casal Yang Libing e Cao Zhimei. A filha foi levada por fiscais enquanto os pais trabalhavam numa cidade próxima. Passados quatro anos, em 2009, o casal reconheceu a filha através de fotografias publicadas no jornal Los Angeles Times.
As crianças teriam sido vendidas para orfanatos locais, registadas como órfãs, e adotadas por famílias estrangeiras.
Entre 2000 e 2005, a agência de planeamento familiar de Hunan teria vendido pelo menos 12 menores para um orfanato da cidade de Shaoyang por um preço próximo dos 120 euros por criança. O orfanato, por sua vez, teria recebido cerca de dois mil euros por cada menor adotado por uma família estrangeira.