Ao contrário do que se pensa, os primeiros relatos de um objeto criado de propósito para a menstruação da mulher não foram toalhas, mas sim tampões. Dizem respeito ao Antigo Egito, cerca do ano 1550 a.C., sendo um tampão feito de papiro, também usado para os livros. Na Grécia Antiga acreditava-se na importância de menstruar para a saúde e para o equilíbrio da mulher e aqui também se recorria a modelos ancestrais do tampão. Eram feitos de madeira, cobertos por tecido, ou até mesmo, esponja para criar o efeito de absorção. No entanto, com o gradual aparecimento das religiões monoteístas o uso do tampão tornou-se símbolo de um ato impuro.
Salto até 1850, altura em que era comum as mulheres fabricarem em casa a sua própria toalha sanitária ou algo semelhante a um tampão, feitos de restos de flanela ou quaisquer outros tecidos à mão. Nesta altura começou a haver alguma preocupação em relação à higiene e descobriu-se que a toalha sanitária era propícia à formação de bactérias. Daí passou-se para o avental sanitário, feito de um material de borracha, que por muito eficiente que fosse, tinha alguns problemas em relação ao odor. Deste modo, o seu uso foi breve para dar lugar à toalha absorvente lavável de compra, que surgiu por volta de 1920 e que se podia prender com elásticos ou com alfinetes de ama. Todavia, a partir da mesma época também já era possível encontrar à venda os primeiros pensos descartáveis feitos de um material semelhante ao de hoje em dia.
Durante a 1º Guerra Mundial, enfermeiras francesas descobriram que podiam utilizar para a menstruação a mesma mistura de algodão acrílico que se usava para pensos e compressas nos seus pacientes, uma ideia que foi lançada no mercado americano pela marca Kotex. No entanto, foi preciso esperar até ao ano de 1969, para ver chegar o penso higiênico descartável com adesivos.
Agora, e depois de uma larga história a tentar encontrar a solução mais prática e higiénica para algo tão natural, procura-se recuar atrás no tempo e trocar o descartável pelo reutilizável. De acordo com a National Geographic, estima-se que numa vida inteira cada mulher use entre cinco a quinze mil pensos e tampões, todos feitos com plástico.
Outras doses de cultura geral:
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Texto de Mia Shore