“No momento em que começares a falar sobre estes temas difíceis, tudo se tornará mais fácil”, alertam alguns dos atores de Por 13 Razões, logo no início da segunda temporada da série norte-americana que, no ano passado, pôs o mundo a discutir o suicídio juvenil e o assédio sexual, ainda antes do movimento Me Too.
A verdade continua sem se saber. Passaram cinco meses após o suicídio de Hannah Baker e a população de Liberty, principalmente os estudantes da escola secundária, querem seguir em frente com as suas vidas. Parecem, porém, estar presos àquela tragédia, ainda sem explicações e muitas suspeitas. Bryce Walker confessou ter violado a colega de liceu, mas parece não ser o suficiente para a Justiça, por isso a mãe de Hannah Baker vai levar por diante uma ação em tribunal contra a escola, que deveria ter protegido estes adolescentes. O caso afetou todos na pequena cidade e, à medida que as sessões em tribunal avançam, é preciso relembrar como Hannah viveu e que circunstâncias poderão tê-la encaminhado para a morte.
Se, na primeira temporada, a narração coube a Hannah Baker, papel desempenhado por Katherine Langford, que lhe valeu a nomeação para Melhor Atriz nos Globos de Ouro, agora, em cada um dos 13 novos episódios, é a voz de outros dos seus colegas a guiar o espectador pela conspiração que se desenrola através de polaroides que aparecem de forma misteriosa. O clima de suspeição, a pairar sobre todos os estudantes do liceu Liberty, serve para voltar a abordar temáticas polémicas como suicídio juvenil, abuso sexual continuado, violação, homossexualidade, uso de armas de fogo, bullying e consumo de drogas.
A segunda temporada da série – criada, escrita e produzida por Brian Yorkey – volta a ter Selena Gomez entre os produtores-executivos e conta com os conselhos de especialistas em recuperação de lesões cerebrais, vícios, sobrevivência e defesa de agressões sexuais. E se “as cassetes foram só o princípio”, como anuncia o trailer, Brian Yorkey, que adaptou o best-seller de Jay Asher ao formato televisivo, já revelou em diversas entrevistas que “há 12 miúdos que têm outra perspetiva da história que não chegámos a ouvir”.
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