1.
Música para todos
Pelo segundo ano, o Parque Florestal de Monsanto recebe o Iminente, festival que reúne o talento criativo da arte e da música urbanas para mostrar o que de melhor se faz nas diferentes subculturas. “A nossa filosofia é tratar os artistas de maneira igual. Não atribuímos destaque a qualquer banda que por aqui passe. Realçamos a diversidade musical e artística”, diz o diretor, Tiago Silva. Pelos cinco palcos vão passar mais de 100 artistas de 11 nacionalidades, como Common, Mayra Andrade (esta sexta, 20), os cabo-verdianos Bulimundo e a cantora Linn da Quebrada (domingo, 22). Do panorama nacional, já nesta quinta, 19, os Força Suprema prometem animar a pista. O segundo dia, 20, conta com Pedro Mafama e, no sábado, 21, com o hip hop dos Dealema. David Bruno e Filho da Mãe são outros dos artistas nacionais presentes.
2.
Lotação esgotada
Ao contrário das edições anteriores, este ano são quatro dias de festival, com início nesta quinta, 19, às 15 horas. Outra das novidades é o método de pagamento utilizado dentro do recinto. “Adotámos um sistema diferente, com cartões de consumo que podem ser carregados durante o festival”, explica Tiago Silva. Depois, o que sobrar será doado à Associação Passa Sabi. Já a lotação do recinto está limitada a cinco mil pessoas por dia. Os bilhetes custam €15 e o segundo dia já está esgotado. “Queremos um recinto onde se possa circular sem confusões”, sublinha Tiago.
3.
Troca de ideias
Há mais para lá da música. Os dias começam sempre com talks (conversas), organizadas pelo Fumaça ou pelo Gerador, sendo que o destaque vai para as diversas problemáticas contemporâneas, salienta o diretor do festival. O direito à habitação, os jovens e a sua ligação com a cultura, as dívidas do colonialismo ou intervenções sobre a sida são algumas das abordagens destas sessões, orientadas por convidados ligados a cada um dos temas.
4.
Pensar a cidade
Em torno das ideias de identidade e de diversidade cultural, o mote do Iminente, este ano, é Refletir sobre a Importância da Arte nas Dinâmicas da Cidade. O cartaz pretende juntar “todas estas formas de expressão, promovendo a conversa e a troca de ideias”, diz Alexandre Farto (Vhils). Esta união entre público e artistas é uma forma de despertar o pensamento. “Muitas destas intervenções levantam questões de identidade ou têm raízes na lusofonia, uma componente importante na afirmação do festival desde o início”, afirma.
5.
Artes visuais
A linha curatorial para esta quarta edição do Iminente é o tema da identidade a vários níveis: político, cultural e urbano. No recinto, haverá muitas oportunidades para ver artistas visuais e plásticos, quer lusófonos quer internacionais. O cartaz inclui Vhils, Francisco Vidal, Ana Aragão, Maria Imaginário e Tamara Alves, entre outros. A completar a programação, performances de dança, demonstrações de skaters e suportes visuais, como o graffiti, a escultura, a pintura e a fotografia.
6.
Vhils e Underdogs
A curadoria está a cargo de Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils, com trabalhos expostos em mais de 30 países. Já integrou produções de curtas-metragens, videoclipes e bandas, como os Orelha Negra, Buraka Som Sistema e U2. Fundou e codirige a Underdogs, plataforma também curadora do festival e que trabalha com talentos ligados às novas linguagens da cultura urbana, visual e gráfica.
7.
Como chegar ao Panorâmico
Para se deslocar ao Panorâmico de Monsanto, foi estabelecida uma parceria com a Carris, que irá ter um serviço de shuttles, incluído no preço do bilhete (€15), com partidas do Polo Universitário da Ajuda e de Sete Rios. Assegurado está também o regresso. Para quem preferir, a Uber poderá ainda ser uma opção, já que, segundo a organização do Iminente, haverá um desconto no preço da viagem. Também as bicicletas elétricas Jump são parceiras do festival: oferecem uma viagem a todos os festivaleiros que queiram chegar ao recinto a pedalar.
Festival Iminente > Panorâmico de Monsanto, Lisboa > 19-22 set, qui-dom 15h > €15