O Gosto dos Outros… Pedro Mexia

1. Londres
A cidade não é tão “bonita” assim, o povo pode até ser um pouco “estranho” e nem o tempo ajuda muito a compor o retrato. No entanto, é a sua cidade. “Não é onde me sinto em casa, porque não se trata de uma casa, mas é o sítio onde me ocorre ir sempre que me ocorre ir a algum lado.” Chamam-lhe tantas vezes british que mal fora que Londres não integrasse estas escolhas.

2. Songs of Love and Hate, de Leonard Cohen
Conta Pedro Mexia que Songs of Love and Hate, de Leonard Cohen, foi uma das suas “portas de entrada” na música pop. “É talvez o disco de que gosto mais, com uma certa melancolia que não me é estranha”, diz, acrescentando que tem “uma aproximação muito literária às outras formas de arte”.

3. Paris Texas, de Wim Wenders
Não tem dúvidas de que se trata do seu filme favorito: Paris Texas, de Wim Wenders, em que tudo parece “bater certo”. O “tudo” é, claro, o guião de Sam Shepard, a música de Ry Cooder, a imagem de Nastassja Kinski… “Não sendo aparentemente um filme sobre assuntos que me digam muito, há qualquer coisa naquela espécie de demanda.”

4. A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock, de T.S. Eliot
“Não sei se é o meu livro favorito de T.S. Eliot, mas A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock foi o livro que, depois de o ter lido, na coleção Gato Maltês, da Assírio & Alvim, me fez achar que queria escrever poesia.”

5. Ampulheta
A passagem do tempo ocorre de maneira ainda mais evidente numa ampulheta. E é por isso que, apesar de não ser um colecionador, acaba por ver nela uma relação com a sua escrita. “Tornou-se um objeto de que gosto.”

6. João Bénard da Costa, Agustina Bessa-Luís, Eduardo Lourenço e Vasco Graça Moura
Tudo pessoas que Pedro Mexia admirava e que, não tendo sido amigo íntimo deles, não o desiludiram quando os conheceu pessoalmente.