Quem se aproxima do Centro de Interpretação do Românico, no coração de Lousada, contempla sete blocos de betão, a recordar as torres medievais de uma fortaleza. Este é um dos múltiplos elementos simbólicos a destacar no projeto arquitetónico – assinado por Henrique Marques e Rui Dinis, do atelier Spaceworkers –, assim como a recriação de um claustro, a entrada por um arco de volta perfeita, os percursos não lineares semelhantes aos burgos medievais ou o jogo entre as luzes e as sombras. “Queríamos um edifício contemporâneo, mas que fosse buscar o sentido simbólico e as linhas estilísticas do românico, criando uma peça escultórica”, explica Rosário Machado, a diretora da Rota do Românico, dinamizada pela Associação de Municípios do Vale do Sousa. . “Era importante construir um elemento patrimonial que se destacasse, porque temos a responsabilidade de ser construtores, de marcar o nosso tempo e de deixar algo para as gerações futuras”, acrescenta.
Em 2018, a Rota do Românico celebra o 20º aniversário e, apesar do impacto positivo do projeto, havia a necessidade de ter um equipamento de divulgação deste património histórico-cultural, atualmente disseminado por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega. Os conteúdos, explanados em painéis interativos e soluções imaginativas, distribuem-se por seis salas temáticas: Território e Formação de Portugal; Sociedade Medieval; O Românico; Os Construtores; Simbolismo e Cor; Os Monumentos ao Longo dos Tempos. “A ideia é que as pessoas saiam daqui com informação, simples e didática, e vontade de conhecer a rota”, sustenta Rosário Machado. “É lá que está a história.”
Centro de Interpretação do Românico > Pç. das Pocinhas, Lousada > T. 255 810 706 > ter-dom 10h-18h > €3, €4,50 visitas guiadas (por marcação)