Continuam pintadas de vermelho cor de tijolo as portas exteriores da Casa de Ló, tal como quando ali funcionava a Casa Margaridense, com o pão de ló, geleias e marmeladas para o contentamento de tanta gente. No interior, também ainda lá estão o relógio de parede antigo, o balcão e os armários de madeira, a denunciarem o legado de outrora. Desde abril que esta casa conhece uma terceira vida – a segunda tinha começado em 2008, quando deixou de ser mercearia e passou a bar e a salão de chá.
Fernando Borges tomou conta deste lugar no verão do ano passado, mas só em abril reabriu a Casa de Ló, na mesma altura em que na Travessa de Cedofeita terminavam as obras de requalificação, tornando-a pedonal. Dono do Jimão – Tapas e Vinhos, na Ribeira, achava que fazia falta no Porto “um lugar com música ao vivo e alternativa à dos bares habituais”. Assim, a partir das 23h30, há jazz às quartas, solos ou duos às quintas, concertos de bandas locais e emergentes às sextas e sábados. Na sala, acrescentou um mezanino para que quem esteja à mesa – o restaurante é uma nova faceta – possa assistir aos concertos.
Na ementa, disponível só ao jantar, encontramos tapas quentes e frias, servidas em doses para partilhar: rolinhos de salmão e courgette (€6), hambúrguer de alheira (€6,50), salada de bacalhau (€6) ou, mesmo, tripas à moda do Porto (€5,50). O bolo, que celebrizou a antiga mercearia, é lembrado à sobremesa, com a rabanada de pão de ló com espuma de queijo (€5). E enquanto se ouve música ao vivo, bebe-se cerveja artesanal ou cocktails de autor, como o New Hall Casa de Ló (€8), preparado com gin, licor Beirão, maracujá e gelo.
Casa de Ló > Travessa de Cedofeita, 20 A, Porto > T. 22 323 5725 > dom-qui 23h-2h, sex-sáb 23h-4h (bar), seg-sáb 19h30-22h30 (restaurante)