1. As fontes estão limpas e já deitam água
Durante cerca de três meses, a fonte principal e os dois lagos que a ladeiam no jardim barroco estiveram fechados para obras. A Associação Amigos do Jardim Botânico da Ajuda gastou 23 mil euros para que se limpasse a pedra, se restabelecesse o sistema hidráulico e se estancassem as três fontes. Agora vale a pena parar junto à obra construída na mesma data em que o jardim inaugurou, com o olhar a perder-se nos patos, cobras, animais míticos e peixes que a ornamentam.
2. Um dos melhores brunches da cidade
Aos domingos, há uma refeição imperdível que se serve na elegante estufa do século XVIII. Eles chamam-lhe brunch, mas nós preferimos tratá-lo por buffet, tal a quantidade e qualidade da comida. É caro (€37), mas garantimos que vale mesmo a pena. E, depois, dá sempre para a digestão se fazer por entre os belos exemplares da vizinhança.
3. Levar uma planta para casa
Se as plantas forem inspiradoras a ponto de se querer replicar este jardim em casa, nem se pense em tocar no que lá está cultivado. No entanto, podem seguir-se as setas dos Viveiros Naus que, no final do caminho, encontra-se uma boutique garden com uma variedade imensa de exemplares para serem comprados.
4. Saber tudo sobre orquídeas
Há um casal de finlandeses, Tuulikki e Pekka Ranta, que escolheu a estufa do Jardim Botânico para cuidar de parte da sua coleção de 10 mil orquídeas. Com base nessa experiência, de 10 a 16 de março vão dar workshops para quem quiser aprender a bem cultivar e saber tudo sobre estas flores tão especiais.
5. Trocar gritos com os pavões
Diga-se aqui que eles não gritam, pupilam. Mas não deixa de ter graça tentar imitá-los, assim que se ouvem pelo jardim – e eles ouvem-se muito. É que há vários pavões, azuis e brancos, e também as suas congéneres fêmeas.
6. Boas vindas à Primavera
No jardim, a celebração da chegada desta estação já se faz há 15 anos e tornou-se num dia muito especial. No fim de semana de 21 e 22 de abril haverá um rol de atividades para toda a família, como uma feira de plantas e de produtos naturais, a atuação do Coro Infantil da Universidade de Lisboa, visitas guiadas ou jogos para participar. Só se paga a entrada normal (€2 para adultos e €1 para crianças).
7. Outros bichos, mas de cerâmica
No dia 25 de Abril inaugura-se a exposição de António Vasconcellos Lapa, que será desmontada quatro meses depois. Durante esse tempo, podem encontrar-se as suas características figuras de cerâmica contemporânea espalhadas pelo jardim. Sabemos, de antemão, que haverá enormes caracóis a subir a imponente escadaria que nos transporta de um piso ao outro.
8. Há miúdos a representar
O Grupo de Teatro Infantil AnimArte, onde aprendem crianças entre os 7 e os 17 anos, trabalha no jardim durante todo o ano. Mas na Primavera e no Verão é possível vê-los a ensaiar, porque eles circulam mais ao ar livre. O espetáculo estreia a 1 de julho e prolonga-se até ao dia 15.
9. Música ao cair do dia
Todas as quintas de julho, a partir das seis da tarde, há que rumar ao jardim. É que estão agendados concertos para esses dias, de estilos musicais muito diferentes: Cabe a Lena d’Água abrir este ciclo musical, no dia 5; a 12 será Carlos Alberto Moniz; uma semana depois tocará a UniVersus Ensemble, antes de Paulo de Carvalho e da Orquestra Académica, que tem 80 elementos.
10. Sunset no jardim
Garante a diretora, Dalila Espírito Santo, que haverá um copo de vinho branco fresquinho à espera de quem alinhar nestas visitas guiadas ao pôr-do-sol, todas as quintas de agosto, sempre às sete da tarde. Além disso, histórias é o que não falta para contar num jardim nascido em 1768. Afinal quantos anos tem o dragoeiro? Qual a razão para o palácio estar à direita do jardim? Ainda existe o túnel que os ligava?
11. No dia da visita do Marquês
Já com o verão acabado, e em jeito de fim de festa, a 30 de setembro, será altura para se fazer a recriação histórica de uma visita do Marquês de Pombal ao Jardim Botânico da Ajuda, por alturas da sua construção, para se inteirar do bom desenrolar das obras. Como a ação se passa em pleno século XVIII, nesse dia todo o ambiente será alusivo à época Barroca. Promete.
12. Somos amigos do jardim
A Associação Amigos do Jardim Botânico da Ajuda existe há 18 anos e tem feito muito pela manutenção deste espaço – já gastaram 150 mil euros em obras. Financia-se através de viagens que organiza, em Portugal e no estrangeiro, e das quotas que os sócios pagam. Por isso, quantos mais melhor. E os 250 anos são uma efeméride para que o número possa aumentar.
13. Voluntários, precisam-se. Sempre
O primeiro jardim botânico do País foi construído para deleite e aprendizagem da corte de D. José, por ordem de Marquês do Pombal, que contratou o italiano Domingos Vandelli para o concretizar. Hoje, pertence à Universidade de Lisboa e é gerido pelo Instituto Superior de Agronomia. O orçamento é curto para tanto trabalho de manutenção, por isso os voluntários são tão bem vindos. E nem precisam de avisar: quem aparece para ajudar, tem sempre o que fazer, nas estufas, no jardim dos aromas, a arrancar ervinhas…
Jardim Botânico da Ajuda > Calçada da Ajuda, Lisboa > T. 21 362 2503 > seg-dom 10-17h (a partir de maio até às 18h durante a semana e, das 9h às 20h, ao fim de semana) > €2 (€1,5 ao fim de semana), €1 estudantes e maiores de 65 anos (€0,75 ao fim de semana) > grátis até aos sete anos