Quando surgiu, em 1995, com o álbum homónimo, a banda composta pela escocesa Shirley Manson (voz) e pelos norte-americanos Steve Marker (baixo), Duke Erikson (guitarra) e Butch Vig (bateria) foi uma autêntica pedrada no charco. Numa época em que as guitarras dominavam, o modo como uniram os samplers e a eletrónica à estética do rock alternativo conseguiu não só agradar a gregos e troianos, mas também chegar a uma audiência muito mais alargada (leia-se mainstream) do que o inicialmente esperado.
Apesar de continuarem a editar até hoje, os Garbage nunca mais conseguiram o sucesso desses tempos, especialmente com o segundo álbum, Version 2.0, lançado em 1998, que foi recentemente reeditado, por ocasião do seu 20º aniversário. Além dos temas originais, todos eles remasterizados, a caixa inclui ainda um segundo CD com raridades, lados B e até um inédito. O que realmente importa é como, duas décadas depois, Version 2.0 consegue soar tão (ou mais) atual como então. Talvez seja isto que significa, afinal, ser uma banda à frente do seu tempo.