O Minho tem destas preciosidades, uma espécie de esconderijos recônditos. Neste caso, para lá se chegar, é preciso atravessar o rio Vez através de uma ponte muito estreita, serpenteando estradas apertadas. Entre campos verdes, muito verdes, avista-se a Casa da Árvore, a quarta (abriu em novembro) a ocupar os oito mil metros quadrados de terreno da Quinta da Lamosa. Ao longe, até parece que a casa sai de um dos braços dos carvalhos que a rodeiam. Construída em pinho nórdico, está assente em grandes estacas de madeira, sobranceira ao terreno com castanheiros, macieiras, pereiras, mirtilos, marmeleiros e onde, em breve, também nascerá uma vinha, um wine spa (que usará produtos das próprias uvas) e uma piscina.
Com dois quartos e cozinha equipada, não falta nada na Casa da Árvore. À chegada, o cliente será recebido com uma cesta de laranjas, cereais, iogurtes, marmelada e, todos os dias, pela manhã, terá pão fresco à porta. Há uma lareira na sala (com lenha à discrição), wifi e espreguiçadeiras no alpendre onde apenas se escuta o burburinho da água a correr do ribeiro. Por isso, quando perguntam a João Pedro Serôdio, o proprietário, qual é a chave do negócio, responde, prontamente: “Vendo sossego.” “Quero tranquilidade e não quero massificar a quinta”, justifica. Daí ter apostado em casas pequenas – a propriedade tem mais três feitas em madeira (duas Espigueiro e a Casa da Corte). No futuro, tenciona construir mais duas, mas em moldes diferentes. E pensar que o contacto de João Pedro (consultor de empresas e ex-atleta de vela) e da mulher, Carla (farmacêutica), com este terreno começou, há 15 anos, com a compra de uma pequena parcela para aqui fazerem uma horta… “Chegaram a nascer umas alfaces e umas cenouras, mas pouco mais”, diz, divertido.
Casa da Árvore, Quinta da Lamosa > Lugar da Zebra, Gondoriz, Arcos de Valdevez > T. 91 450 9049 > €90/2 pessoas; €120/4 pessoas (mínimo duas noites)