O escultórico candeeiro com o formato de uma estranha criatura marítima, criado pela artista Susana Pinho, tem funcionado como chamariz. Desde a abertura do Lessa, no início de agosto, André Pinto Baptista, 37 anos, tem tido pouco descanso. Este é o seu primeiro restaurante em nome próprio, após ter trabalhado com chefes de cozinha como José Avillez e Kiko Martins, experiências intervaladas com muitas viagens, sobretudo pela Ásia e pela América do Sul. No regresso ao Norte de Portugal, quis fugir da confusão da Baixa do Porto e “tropeçou” neste lugar perto da praia de Leça da Palmeira, com apenas 13 lugares, divididos entre as pequenas mesas de tampo de mármore e o balcão. Não contava é com tanta solicitação ao longo do horário contínuo. “O passa a palavra funcionou rapidamente e as pessoas gostaram muito daquilo que provaram”, conta.
Formado em Engenharia do Ambiente, André Pinto Baptista teve na cozinha uma vocação tardia. Mas conseguiu recuperar o tempo perdido. Ideias de negócio não lhe faltavam. Descreve o Lessa como o cruzamento “entre uma minimarisqueira e uma minicervejaria”. A carta é curta e apelativa, com boas propostas para partilhar, como croquetes da Bairrada (que não de leitão, €5), tártaro do chef (€7,20), ceviche do mercado (€8,30) ou pica-pau e molho de carne (€7,80). Há ainda arrozes, um do mar com caldo de cataplana (€13), outro de feijão e bochecha de comer “à colher” (€12,35), assim como sanduíches para comer ao meio da tarde, desde a de presunto com ovo (€2,50), muito típica nestas paragens, ao preguinho de lombo (€3,50). Para acompanhar com cerveja, sangria de rosé, chá do dia ou Lua Cheia, o vinhas velhas do Douro escolhido a dedo por André. Nas sobremesas, tem duas sugestões, que mudará regularmente: mousse de chocolate branco, frutos vermelhos e Petazetas, e bolo de cenoura com iogurte grego e flakes de chocolate (€3). “Comida de conforto, saborosa… Aquilo de que eu gosto é aquilo que ofereço.”
Lessa > R. Santos Lessa, 129, Leça da Palmeira > T. 22 114 1045 > ter-dom 12h-22h