Na Colômbia, o café é colhido tardiamente, com as cerejas (o fruto) a amadurecer mais tempo na planta. Já na Etiópia os grãos são postos a secar diretamente ao sol, num período que pode demorar até quatro semanas – mais tempo do que em qualquer outro lugar do mundo. E na Índia, o café é colocado em cestos para a seca, entre junho e setembro, aproveitando os ventos húmidos que sopram do mar para terra.
No Atelier Nespresso, que decorreu nas Carpintarias de São Lázaro, em Lisboa, viajámos até aos cinco países que dão nome aos cafés nova gama Master Origin, lançada recentemente. Indonésia, Etiópia, Índia, Nicarágua e Colômbia – cada um com uma técnica única de produzir café, que está ligada à cultura, à história e ao clima.
“Não são os países de origem, nem as condições climáticas singulares. Não é só a terra, nem as pessoas que a trabalham. Um café é fruto de tudo isto e conta uma história em cada chávena”, resume a Nespresso num pequeno filme que passa dentro de uma cápsula de gigante.
Durante a aula, revelam-se ainda algumas curiosidades sobre esta bebida quente. Sabia que quanto mais torrado for o café mais amargo fica? E que a cafeína não se sente na boca? Segue-se a prova de alguns dos cafés da nova gama, e que obedece a uma ordem : primeiro, aprecia-se a cor da espuma; depois, cheira-se e, por fim, saboreia-se num golo generoso que deve percorrer a língua. Se o Nicarágua apresenta um creme de cor clara, e é um dos mais suaves desta prova, já o Índia é o mais forte, escuro, amargo e intenso – um tipo de café que agrada aos portugueses, diz a Nespresso.
O Atelier Nespresso terminou com a intervenção de Kiko Martins (chefe dos restaurantes O Talho, A Cevicheria, O Asiático, O Watt, em Lisboa), convidado para cozinhar um menu composto por cinco momentos, entre snacks, entradas, prato principal e sobremesa, inspirados nos países de origem dos novos cafés.
“Nasci e cresci nos terreiros de café, com o seu sabor, aroma e cheiro”, conta Kiko Martins, recordando os tempos que viveu no Brasil. “O café dá-nos energia, faz-nos sair da cama e sabe sempre depois de uma feijoada”, diz. “Não dava muita importância nem sabia cozinhar corretamente com café, mas depois da viagem à fábrica da Nespresso na Suiça aprendi imensas coisas”, revela.
Enquanto prepara o consommé de cogumelos e café colombiano, lança uma pergunta à plateia: “Como se cozinha com café?”. Após uma pausa, responde: “A regra é básica. Acrescenta-se sempre no último minuto. Até porque não deve ser este o primeiro sabor que sentimos, apenas deve ajudar a potenciar o gosto”, explica. Ficamos ainda a saber que para cerca de um litro de qualquer líquido, deve adicionar-se somente 50 gramas de café. A esta altura, já o chefe está a preparar o vinagrete de café Etiópia para temperar a salada de bimis – uma hortaliça do Japão, que resulta do cruzamento do brócolo com a couve chinesa.
Para entrada, Kiko Martins confeciona um satay de galinha, pani puri recheado com manfa, puré de amendoim e café da Indonésia. Inspirado na cozinha da Nicarágua é o novilho estufado em folha de bananeira com pico de Gallo. Para sobremesa, Kiko Martins preparou caril doce, bolo de coco, creme de caril, lichias, manga picante e espuma de manga, a lembrar a sua passagem pela Índia. “Tem uma gastronomia riquíssima, cheia de sabor”, diz o chefe viajante.
Master Origin > Indonésia, Etiópia, Índia, Nicarágua e Colômbia > €4,40 (embalagem 10 cápsulas)