Fez dez anos na primavera e teve como prenda o melhor verão de sempre, graças aos turistas e aos seus clientes fiéis. É um restaurante familiar, com tarefas bem definidas: o pai, José Gaifém, ou Zé Testas, no grelhador; a mãe, Dona Cristina, na cozinha; e os filhos, Alzira e Diogo, na sala. Tem o grelhador à entrada e, junto dele, uma tabuleta com a indicação dos pratos do dia: peixes e carnes lado a lado numa paridade ilusória, porque os pedidos pendem para o pescado, embora não faltem boas carnes.
Para início da refeição, vem sempre à mesa um trio de petiscos: saladinha de bacalhau com grão, pataniscas e tábua mista de enchidos, a que se juntam, nos fins de semana, presunto pata negra, moelas e, às vezes, bola de carne. E há que contar sempre com os mariscos da época: camarão da costa, perceves, santiagos, santolas e sapateiras, por exemplo. Nos pratos principais, reinam os grelhados: peixe fresco, como robalo, rodovalho, salmonete e sardinha (está ótima e promete durar até novembro); bacalhau (com batatas a murro ou cozidas, cebola, alho e bom azeite); mariscos, como lavagante com molho picante; carnes, que vão dos secretos de porco preto à picanha, costeleta e, agora, carnes maturadas, com o tomahawk (osso da costela com carne particularmente saborosa) em evidência. No fogão, preparam-se outros pratos, como a caldeirada, o arroz de lavagante, a cabidela, o cabrito assado no forno ou o cozido, que convém encomendar. Boa doçaria caseira, para além do famoso leite-creme da Dona Cristina. Garrafeira personalizada.
Adega do Testas > R. Comendador António Fernandes da Costa, 63, Vila do Conde > T. 252 098 530 / 91 737 7318 > seg, qua-sáb 12h-15h30, 19h-23h, dom 12h-15h30 > €20 (preço médio)