Investigadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, criaram recentemente uma sanita com material extra-escorregadio, que facilita a limpeza de dejetos. Segundo o estudo, publicado na revista científica Nature Sustainability, o revestimento da sanita reduz até 90% a quantidade de água necessária para a descarga do autoclismo. O novo sistema impede que as bactérias se acumulem nos vasos sanitários, diminui a necessidade de uso do piaçaba e reduz os odores associados.
De acordo com os investigadores, a água utilizada para lavar as sanitas por todo o mundo diariamente equivale a seis vezes o consumo total de água em África – 141 mil milhões de litros. O objetivo da invenção é promover um sistema de quase “autolimpeza”, que não requeira muitos gastos. Os investigadores esperam assim ajudar a reduzir o desperdício de água a nível mundial.
Hoje, a fundação We Are Water (Somos Água) marca o Dia Mundial do Saneamento Básico, com o objetivo de sensibilizar as pessoas para a crise de saneamento e incentivar as instituições a refletir sobre a necessidade de criar uma nova “cultura da água”, que traga mudanças significativas.
Segundo a We Are Water:
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4200 milhões de pessoas ainda vivem sem serviços de saneamento seguros
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673 milhões de pessoas fazem necessidades ao ar livre
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17,2 milhões de pessoas foram deslocadas devido a alterações climáticas em 2018
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70% das mortes relacionadas com desastres naturais são provocadas por catástrofes relacionadas com água
Se não houver mudanças para assegurar a disponibilidade de água para todos, somente 40 países estão bem encaminhados para conseguir um saneamento básico para quase todos os habitantes até 2030, segundo dados da fundação.