A família franco-irlandesa de Nora Anne Quoirin estava de férias, durante duas semanas, no resort Dusun, a cerca de 60 kilómetros de Kuala Lumpur, na Malásia, quando na manhã do passado domingo, 4, deu conta do seu desaparecimento. Os parentes da jovem acreditam que esta possa ter sido raptada.
As equipas de resgate estão a vasculhar as áreas montanhosas da reserva florestal de Berembun e crêem que além de Nora poder estar viva, possa também estar escondida atrás de rochas ou árvores.
Hoje é já é o sexto dia em que as buscas decorrem no país e a polícia começou a transmitir na floresta, através de altifalantes, a voz de Meabh Quoirin, mãe de Nora: “Nora querida, a mãe está aqui”. As vozes dos restantes familiares foram igualmente gravadas e vão ser transmitidas alternadamente com o objetivo de atrair a adolescente para fora do suposto esconderijo em que se encontra.
Também a fotografia da jovem foi distribuída em estradas perto da área do desaparecimento e a pessoas que estão a tentar ajudar a procurá-la. Por questões de segurança, os familiares de Nora não estão a fazer parte das buscas.
Acreditava-se que as pegadas encontradas pelos cães pisteiros pertenciam à adolescente. No entanto, não foi encontrado posteriormente qualquer sinal de Nora.
No local estão mais de 200 operacionais. A busca conta com um helicóptero da polícia que sobrevoa a zona, equipado com uma câmara de imagem térmica de vigilância, uma equipa especial composta por tribos indígenas, com especial à vontade na floresta, dois drones, uma equipa de cães e ainda mergulhadores, na possibilidade de Nora descer a encosta para procurar água.
A família estava instalada numa cabana com dois andares. Nora dormia juntamente com os seus irmãos, de 8 e 12 anos, no andar de cima. No dia em que desapareceu, a janela do piso do rés-do-chão encontrava-se aberta e a polícia suspeita que a adolescente poderá ter saído dessa forma. Contudo, não está ainda posta de lado a presença de um “elemento criminoso”. Impressões digitais desconhecidas foram também descobertas na mesma janela, o que aumenta as suspeitas da família quanto à hipótese de rapto. Não é ainda claro se seria possível abrir a janela do lado de fora da propriedade.
Nora tem dificuldades de desenvolvimento e aprendizagem, razão pela qual a família acha improvável esta ter saído por sua própria vontade. Num apelo no site de crowdfunding GoFundMe, o tio da adolescente refere que “Nora não sabia onde e como pedir ajuda e nunca deixaria a sua família deliberadamente”.