Um estudo da Universidade de Tulane, Nova Orleães, EUA, dá conta da descoberta de uma nova espécie de “tubarão de bolso”, com cinco características não encontradas no único outro espécime conhecido e que foi capturado no Pacífico Este em 1979. Este novo tubarão, que mede cerca de 14 centímetros, foi apanhado, por sua vez, em fevereiro de 2010 no Golfo do México e é descrito agora num artigo publicado no Zootaxa.
Entre as características nunca antes observadas, o Mollisquama mississippiensis ou “tubarão de bolso americano“, segrega um líquido bioluminescente para atrair as suas presas.
Este é apenas o segundo “tubarão de bolso” alguma vez registado ou capturado e, em comunicado, o investigador Mark Grace da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) sublinha que “são de espécies diferentes, de oceanos diferentes”. “E ambos extremamente raros”.
Segundo o estudo, este tubarão segrega um líquido que brilha no escuro a partir de uma pequena glândula situada junto às barbatanas da frente. Julga-se que este brilho atraia as presas até ao pequeno predador, que é praticamente invisível visto de baixo.
Criaturas marinhas luminescentes não são raras. A NOAA estima que 90% de todos os animais que vivem no oceano emitam luz, embora no que diga respeito às criaturas que vivem a maior profundidade a informação seja mais escassa.