Em vez de melhorar, estamos a piorar cada vez mais a vida do planeta Terra. É o que diz o mais recente relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza, que analisou cerca de 105 mil espécies e tirou conclusões dramáticas.
“O futuro da humanidade – alimentos, água potável, ar puro – depende da manutenção da biodiversidade à nossa volta” afirma Craig Hilton-Taylor, responsável pelo relatório, acrescentando que “não podemos perder mais espécies”.
O estudo concluiu que um total de 28 338 espécies estão em risco de extinção. Desde o último relatório, foram acrescentadas mais de 6 mil espécies a esta condição.
Segundo Hilton-Taylor, é habitual nestes relatórios os cientistas encontrarem espécies de alto risco que podem ser transferidas dessa condição, graças aos esforços de conservação. Contudo, as últimas análises têm sido sempre a piorar o estatuto das espécies, o que prova que as medidas aplicadas pela conservação dos seres vivos não estão a ser suficientes.
“Os números são simplesmente horríveis, isso é totalmente assustador” diz uma bióloga entrevistada pela revista Time. “Tivemos um grande progresso, temos parques naturais (…) muitas ações de conservação em grande parte do mundo, mas os números dizem que tudo isto não é suficiente.”
A União Internacional para a Conservação da Natureza é uma organização civil fundada em 1948. Sediada na Suíça e filiada à UNESCO, a organização conta com a experiência, os recursos e o apoio de mais de 1300 organizações e de 14 mil peritos.