Taylor Powell, uma menina inglesa de quatro anos, enviou numa garrafa uma fotografia sua, juntamente com um bilhete: “Se encontrares esta mensagem, por favor, responde com uma fotografia, o teu nome e o teu país”. A garrafa foi atirada ao mar dia 19 de maio, em Santa Susanna, perto de Barcelona.
Ritchie Powell, pai de Taylor, recebeu mais tarde uma fotografia da mensagem, na posse de um casal russo, Sasha e Alex. Segundo o Centro de Oceanografia do Reino Unido (NOC), a garrafa terá viajado pelo Golfo da Biscaia, passado pela zona oeste da Irlanda, depois pelo Mar do Norte, sendo finalmente encontrada no rio Moscovo, na capital da Rússia.
Adrian New, cientista do NOC, considera possível que a garrafa tenha chegado à Rússia através da água, mas afirma que tal viagem normalmente levaria mais tempo. “De Espanha, há uma corrente geralmente a norte”, “que corre ao longo das regiões a cima da rutura da plataforma continental. É aí que as águas do mar ficam mais fundas, subitamente, e passam de 100–200 metros de profundidade para 4000 metros de profundidade, ou mais. Isso poderia levar a garrafa para norte, ao longo de Portugal, em torno do Golfo da Biscaia, em seguida, através do Rockall Trough, no oeste da Irlanda, depois, até ao norte da Escócia e a Shetland. Aqui ela poderia virar para sul, no Mar do Norte, e possivelmente, transitar para o Báltico, para então chegar ao oeste ou ao sul da Rússia. Ou poderia continuar para nordeste, ao longo da costa noroeste da Noruega, e de lá chegar ao norte da Rússia”, explica.
“Quando disse à Taylor que alguém tinha respondido à mensagem, a cara dela ficou completamente iluminada. Ela estava tão feliz”, conta o pai. “Dissemos-lhe que a garrafa ia passar por sereias e tubarões – ela aparecer em Moscovo é mágico. Ela está tão empolgada”, acrescenta.