A empresa de Mark Zuckerberg tem feito de tudo, desde que os adolescentes se desinteressaram daquela rede social. Primeiro lançou o Facebook Watch, a meio do verão de 2017, e queria ser uma plataforma de vídeos com o poder de criar uma comunidade de amigos. Não aconteceu. Depois, no final de 2018, apresentou ao mundo a Lasso, uma app que mistura texto, vídeo e os mais variados filtros. Pelo meio, ainda os tentou seduzir com o IGTV, uma app que permitia fazer upload de vídeos em formato longo. Também não terá dado os resultados esperados.
Agora está de novo ao ataque, com LOL, que será, como conta a Techcrunch, site de notícias de tecnologia, um novo feed especial com vídeos engraçados e semelhantes aos Gif’s, dividido em diversas categorias ( “animais”, “brincadeiras”…) – e que deverá substituir o Watch.
Apesar de não ter ainda data para lançar o LOL, a prática mostra que os adolescentes têm recorrido cada vez mais às “histórias”, um formato bem mais efémero para partilhas e menos rentável do que se revelou o feed de notícias. Assim, juntar as publicações mais engraçadas do feed de notícias e concentrá-las num local específico pode ainda atrair os mais novos, que procuram entretenimento leve e rápido. E poderá ainda absorver alguns vídeos que o Facebook retirou do feed há um ano, na esperança de reduzir a visualização passiva.
A razão de tudo isto é simples: desde que os pais tomaram conta daquela rede, rapidamente os adolescentes se mudaram (para o Instagram, por exemplo) – e o Facebook sabe que se não recuperar aquela faixa etária, a próxima geração também se vai escapar, o que pode levar, claro, a problemas de receita. E embora aquela rede possa parecer dessintonizada, o facto de estar a tentar reunir memes e afins num canal mostra que reconhece aqui uma oportunidade: como quem diz, de vez em quando o cérebro também precisa de uma pausa e só quer sucessos rápidos que não exijam grande atenção.