Cavaco prescinde
Cavaco Silva abdicou da subvenção vitalícia a que tinha direito como ex- -primeiro-ministro, ainda em 2006. Fê-lo para tomar posse como Presidente da República. Mas podia, agora, voltar a requerê-la. À VISÃO, o seu gabinete garante que Cavaco não o fará, ainda que a lei lhe permita acumular esta subvenção com as duas pensões de reforma, uma do Banco de Portugal e outra da Caixa Geral de Aposentações, que recebe e a nova subvenção que lhe é paga pelo orçamento da Presidência da República e que resulta dos direitos a que os antigos titulares do mais alto cargo da Nação têm direito. Esta subvenção enquanto ex-Presidente é de 80% do salário atual de Marcelo Rebelo de Sousa, ou seja, cerca de 5 mil euros.
Sócrates requer
Em 2005, três meses depois de chegar ao Governo, José Sócrates decidiu pôr fim às subvenções vitalícias dos titulares de cargos políticos. Mas ele, que no final daquela legislatura cumpriria 18 anos como deputado e governante, ainda teria direito àquela prestação. E como a vida dá muitas voltas, no início deste ano, depois de ter estado preso e de estar a braços com um processo judicial, Sócrates requereu a tal subvenção que mandou eliminar. “Vi-me forçado, pelas circunstâncias a que o Estado me colocou, a pedir a subvenção vitalícia, coisa que nunca tinha pedido porque não tinha precisado dela”, informou em conferência de imprensa, antes de o seu nome ser divulgado na tal lista que o Governo quer publicar a 12 de agosto.