“Estava sob efeito de crack e o ato não foi por completo premeditado”, avançava, ao início da tarde, o coronel Fernando Montenegro, da Polícia Federal, confirmando que o sequestrador acabou por se entregar e deixar sair todos os passageiros que mantinha reféns no autocarro.
O incidente ocorreu cerca das seis da manhã – hora local, dez da manhã em Lisboa – e o homem ter-se-á apresentado como elemento da polícia militar quando ordenou a paragem do autocarro, que seguia no sentido Niterói – Rio de Janeiro.
“Além disso, ameçou despejar gasolina no autocarro, fazendo-o explodir e colocando os passageiros em risco. Estamos em negociações para que liberte mais pessoas e ainda não sabemos quais as suas motivações”, explicava ao início da manhã Sheila Sena, porta-voz da Polícia Rodoiária Federal, citada por vários ‘media’ brasileiros.
“A nossa principal missão é tirar os reféns de dentro do veículo”, acrescentava ainda Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar, também no local, ao lado dos negociadores Batalhão de Operações Especiais.
Em entrevista ao canal de televisão GloboNews, Fliess acrescentava entretanto que, além de uma arma de fogo, o sequestrador tinha ainda na sua possa uma arma de choque e um recipiente com gasolina. Segundo Fliess, estavam cerca de 37 pessoas dentro do autocarro. Seis seriam entretanto libertadas.
O caso provocou ainda um grande constrangimento de trânsito naquele que é um dos principais acessos da cidade brasileira, sobre a baía de Guanabara, já com vários problemas de mobilidade.