O Partido Social Liberal (PSL), de Jair Bolsonaro, decidiu expulsar Alexandre Frota. A decisão surge após o deputado federal ter apontado várias críticas ao presidente brasieiro nas últimas semanas. O facto de se ter abstido na segunda ronda de votação da reformulação do sistema de segurança social (a chamada ‘Reforma da previdência) proposta pelo PSL também não terá ajudado.
Em entrevista recente à revista ‘Veja’, Alexandre Frota afirmava que “o Jair fala demais”, numa crítica aberta ao presidente brasileiro. “Quando ele abre a boca no Twitter, ultrapassa limites que deveria respeitar como presidente. Digo isso na cara dele, porque, quando Jair ainda era o candidato-comédia, quem o carregava para todo lugar em São Paulo era eu”, acrescentaria ainda o ex-ator pornográfico e de novelas da Globo que desde 1 de fevereiro ocupa um assento como deputado federal.
Na mesma entrevista àquela newsmagazine, Frota assumir-se-ia contra a indicação de Eduardo Bolsonoro para embaixador do Brasil nos EUA. O desconforto criado no partido do presidente brasileiro não tardou em fazer-se sentir e a imprensa nacional garante que o próprio líder do partido, Luciano Bivar, se encarregou de garantir a expulsão do ator.
Frota é uma personagem relativamente polémica, não só devido ao seu passado mas também pelos seus comportamentos. No ano passado foi obrigado ao pagamento de 50 mil reais por ofensas no Twitter a Chico Buarque e já este ano foi condenado ao pagamento de uma multa de 30 mil ao jornalista Juca Kfouri, também por ofensas nas redes sociais.
Alguma imprensa brasileira já avançava que Alexandre Frota se deverá juntar ao PSDB – o Partido da Social Democracia Brasileira, que teve em Fernando Henrique Cardoso um dos seus fundadores – para ser uma das vozes críticas ao governo.