Uma equipa de médico do hospital Rigshospitalet, em Copenhaga, criou, em laboratório, um ovário artificial a partir de tecidos humanos e óvulos e implantou-o num rato. Os resultados são animadores para as mulheres que enfrentam a infertilidade devidos aos tratamentos contra o cancro, como a quimioterapia e a radioterapia: este ovário sobreviveu durante três semanas. Durante esse tempo, os vasos sanguíneos começaram a crescer em torno do ovário para mantê-lo nutrido.
Esta experiência, noticiada pelo jornal The Gurdian, vai ser apresentada hoje, em Barcelona, durante o congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.
Esta nova técnica terá de ser ainda investigada e, talvez, daqui a 10 anos já possa estar a ser utilizada.
“Timos a primeira prova de que realmente conseguimos manter os óvulos. É um passo importante no caminho”, referiu Susanne Pors, uma das investigadoras, ao jornal inglês. “Mas ainda temos muitos anos pela frente antes de o conseguirmos implantar numa mulher”, acrescentou.
As mulheres com diagnóstico de cancro já podem tirar tecidos dos ovários e congelá-los antes dos tratamentos para que sejam, depois, reimplantando. No entanto, para os casos de leucemia e cancro do ovários este procedimento não é o mais seguro.
Os investigadores deste projeto acreditam que o ovário artificial pode ser a melhor solução.