Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia, vê distinguido o seu esforço por alcançar a paz e a reconciliação no pais, depois de 52 anos de guerra civil.
O Nobel da Paz distingue a pessoa ou organização que mais tenha trabalhado “pela fraternidade entre nações, pela abolição ou redução de exércitos permanentes e pela organização ou realização de congressos de paz”, segundo o testamento do criador dos prémios, Alfred Nobel.
O Comité Nobel de Oslo reconhece o trabalho do presidente colombiano apesar do acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ter sido chumbado em referendo, Juan Manuel Santos mantém a intenção de negociar um acordo que ponha fim ao conflito armado mais longo da América Latina.
O prémio deve ser visto “como um tributo ao povo colombiano, que apesar de grandes dificuldades e abusos, não perdeu a esperança de uma paz justa”, assim como a todas as partes que contribuíram para o processo de paz, pode ler-se no comunicado do comité. “Este tributo é prestado, não menos importante, aos representantes das inúmeras vítimas da guerra civil”, que fez mais de 220 mil mortos e seis milhões de deslocados.
Este ano, o Comité Nobel recebeu um número recorde de candidaturas ao Nobel da Paz, 376, dos quais 228 pessoas e 148 organizações.