A primeira República decorreu entre 1910 e 1926. Quer dizer: começou há cem anos e acabou há 84 anos.
Durante quase 800 anos, desde que Portugal foi criado, em 1143 (isso sim, é que foi há muito tempo!), até 1910, quem mandava era sempre um rei.
O rei que estava sentado no trono era filho do rei anterior; portanto, não havia eleições para escolher um novo rei. Às vezes, quando o rei morria sem ter filhos, abria-se uma crise e começava outra dinastia, ou seja, o poder passava para outra família. Chamava-se a este regime Monarquia e o rei era um monarca, palavra que vem do grego mónos árkôn (“um só chefe”). Há perto de 200 anos houve revoluções por toda a Europa (incluindo Portugal) e os reis passaram a governar com um parlamento eleito (uma assembleia) e com um governo como os que existem agora. Já não podiam decidir tudo sozinhos.
Mas para muita gente isso ainda não bastava: era preciso que se passasse a viver em República – uma palavra que vem do latim Res publica, a “coisa pública”, quer dizer, “algo que é de todos”. A ideia das pessoas que defendiam a criação da República – os republicanos – era acabar mesmo com a existência dos reis. Em seu lugar passaria a haver um Presidente da República eleito.
Vê as fotos da época e lê na VISÃO Júnior de Outubro como viviam as crianças nesta época.