Estava frio lá fora. Júnior e Joana não podiam andar de bicicleta, nem brincar na casa da árvore. O sábado estava a ser aborrecido, até o Gão estava cheio de tédio.
A mãe, ao vê-los naquele estado, sugeriu que fossem brincar às escondidas. Que ideia maravilhosa, ficaram todos entusiasmados e a brincadeira começou!
Gão, o cão que conhecia todos os cantinhos da casa, escondeu-se no sótão. Aquele sótão tinha um ar maravilhoso, estava repleto de coisas antigas e misteriosas. Gão escondia-se lá muitas vezes, quando precisava de descansar das brincadeiras dos dois irmãos.
Cansado de procurar o Gão, Júnior pediu ajuda à Joana, que tinha encontrado facilmente, dentro do armário da roupa. Correram a casa toda, só faltava procurarem no sótão! Subiram as escadas apressadamente e parecia que tinham entrado numa sala de um palácio encantado. Um cão, guarda do palácio, dirigiu-se a eles com as coroas de rei e rainha. Não queriam acreditar no que estavam a ver, era o Gão. Colocaram as coroas e a animação começou…
Todos os objetos que aquele sótão guardava pareciam transformarem-se em coisas divertidíssimas. A arca de madeira velha era um baú cheio de chocolates, gomas, rebuçados e outras guloseimas. Uma velha bicicleta era agora uma linda e reluzente carruagem. Os brinquedos e bonecos antigos que estavam guardados dentro de um armário, ganharam vida e satisfizeram todas as brincadeiras desejadas pelo rei Júnior e pela rainha Joana.
Os dois irmãos, cansados de tantas brincadeiras maravilhosas e encantadas, acabaram por adormecer. Gão encontrava-se também a descansar aos pés do rei e da rainha. A mãe tapou-os com uma mantinha de lã quentinha. Joana acordou com a mãe a tapá-la e contou-lhe o que pensava ter sido um lindo sonho.
A mãe riu-se muito, o Gão rebolava pelo chão. O pai que acabara de entrar no sótão, sorriu e contou ao Júnior e à Joana a verdade. A verdade, verdadinha é que Gão e os pais tinham combinado e planeado aquela maravilhosa tarde de brincadeira no sótão.
Trabalho dos alunos da turma 2SC, da EB1/JI de Santa Cruz com a professora Alexandra Aires