Para a sala de espera foi tudo pensado ao pormenor. Maria João Fonseca, de 40 anos, veterinária e diretora do Hospital do Gato, em Algés, é também a autora do desenho de dois gatos azuis, nos pequenos bancos onde devem ser pousadas as transportadoras com os animais. Ao fundo, uma pequena biblioteca dedicada aos “reis” da casa encontra-se disponível para os clientes levarem livros para casa.”Os gatos requerem cuidados diferentes, entram facilmente em stresse”, explica a proprietária deste novo projeto. “Enquanto esperam por ser atendidos, por exemplo, é importante ficarem ao nível dos donos e conseguirem visualizá-los. O facto de não estarem misturados com outros animais, sobretudo com cães, é muito importante para chegarem ao consultório tranquilos.
“Ao fim de 20 anos a trabalhar em hospitais para animais, Maria João Fonseca decidiu arriscar e criar a primeira unidade do País exclusiva para gatos. Embora reconheça que esta é uma altura difícil para abrir um negócio, concretizou o sonho de avançar sozinha para a concretização de um projeto diferente.
Com capacidade para internar 15 gatos, número que deverá duplicar até ao fim do mês, o hospital está aberto 24 horas por dia, com um médico residente. Oferece todo o tipo de serviços adaptados a estes animais, desde consultas e exames de diagnóstico a cirurgias, internamentos e tratamentos dentários.
As boxes desenhadas por Maria João Fonseca podem também albergar felinos durante as férias dos seus donos. E sobra espaço para alguns animais abandonados que, depois de tratados, ficam disponíveis para adoção.”Os donos dos gatos são, à semelhança dos seus animais, particularmente exigentes”, sabe a veterinária. “Nós queremos ser uma referência, mesmo tendo adequado o preçário aos tempos de crise. As boxes têm estado sempre cheias e já começámos a receber animais referenciados por outros veterinários que não têm os nossos equipamentos.”