Para que servem as provas de aferição?
Ministro da Educação: Servem, primeiro que tudo, para que os professores, os alunos e as famílias saibam verdadeiramente os progressos que cada aluno está a fazer, o que já aprendeu e também aquilo em que poderá melhorar. Servem ainda para que tenhamos uma visão de conjunto sobre como estão os alunos a aprender, em cada escola e a nível nacional. Isto é muito importante para definir o que poderá ter de se rever ou reforçar, no projeto da escola ou nas próprias políticas educativas.
Porque há provas de aferição no 2.º, 5.º e 8.º ano, e não nos outros anos?
Há provas a meio de cada um dos ciclos de forma que haja tempo para se orientar o trabalho dos alunos para as áreas em que eles ainda podem melhorar. Quando se avalia só no final do ciclo, já não há tempo para melhorar. O que devemos querer é que os alunos aprendam verdadeiramente.
A nota de um aluno fica registada no seu processo? Vai servir-lhe para alguma coisa no futuro?
Serve principalmente para saber o que já aprendeu e aquilo em que ainda pode e deve melhorar no futuro. Por isso é que, ao contrário de um exame, as provas de aferição dão origem a um relatório individual, em que se destacam os pontos positivos e os desafios colocados nas novas aprendizagens. Estes relatórios são entregues às escolas e a cada aluno (através do encarregado de educação). Assim, escolas, estudantes e famílias podem entender melhor o que já se sabe e aquilo em que devem concentrar-se no futuro, para que todos os alunos aprendam aquilo que é considerado mais importante. Estes relatórios são muito detalhados. Por exemplo, numa prova de Português, cada aluno fica com a noção clara do que sabe em leitura, em gramática, em escrita, etc., ou, nas Ciências, que conhecimentos adquiriu sobre a água, o ar, as rochas ou o solo. Ou seja, ficam todos com uma ideia mais específica sobre o que dominam melhor em cada disciplina.
Quem faz as perguntas das provas de aferição?
É uma equipa de especialistas (que são também professores das nossas escolas) em colaboração com o Instituto de Avaliação Educativa, a entidade que coordena estas provas. São pessoas com muita experiência em avaliação e com um grande conhecimento dos currículos.
Quem corrige as provas?
Tal como acontece nos exames, as provas são corrigidas por professores do mesmo ciclo e da mesma disciplina, mas que são de outra escola e não têm acesso ao nome dos alunos.
Entrevista publicada originalmente na VISÃO Júnior de maio de 2018