Com mais de 800 milhões de quilómetros percorridos, e depois de uma viagem de quase cinco anos, a sonda Juno da NASA entrou com sucesso, a 5 de julho, na órbita de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar.
A missão O objetivo principal da sonda é compreender melhor o interior do planeta. ´Nascido’ há mais de 4600 milhões de anos, e constituído principalmente por hidrogénio e hélio, Júpiter continua a ser um dos grandes mistérios que permanecem no Universo.
Cada vez que se aproximar mais do planeta, a sonda (que foi batizada com o nome da esposa do deus grego Júpiter, Juno) usará os seus sensores remotos para ver as diversas camadas de Júpiter, investigar a existência de um núcleo sólido, mapear o intenso campo magnético do planeta, medi-lo e observar as suas auroras.
Juno não é a primeira sonda com a missão de conhecer o gigante planeta. Desde a Pioneer 10, em 1973, houve mais quatro tentativas: Pioneer 11, em 1974, Voyager 1 e Voyager 2, em 1979, e Galileu, em 1995. A última correu muito bem: descobriu fortes evidências de um oceano salgado por debaixo da superfície de um dos maiores dos 67 satélites do Júpiter, o Europa!
Espera-se que Juno termine a sua missão a 20 de Fevereiro de 2018, autodestruindo-se ao entrar na atmosfera de Júpiter. Além de trazer novos conhecimentos sobre aquele planeta, Juno poderá descobrir pistas sobre a formação do próprio Universo.
Texto: Annamaria Gaál
O som captado pela sonda Juno ao entrar na órbita do Júpiter: