Estes são os 20 Sinais que precisa de conhecer para conseguir evitar, a tempo, a rotura e a separação.
1 – Sente-se sozinho ao lado do seu companheiro?
Este é um dos sinais mais reveladores de que algo não está bem. Não é natural duas pessoas que se amam sentirem-se sozinhas na presença do outro. Este sentimento de solidão, a maioria das vezes, origina-se na dificuldade em conversar, em expressar emoções, na falta de empatia, atenção, aceitação, interesse, partilha, ajuda e apoio.
Pior do que falar é não falar sobre esse sentimento de solidão, fazer de conta que não o sente e colocá-lo no sótão da sua mente. Se não quer andar escadas acima, escadas a baixo, a visitá-lo repetidamente, e a fazer de conta que está tudo bem quando não está, pense sobre o que a/o impede de dizer ao seu companheiro/a: “Sinto-me sozinho/a”! Do que tem medo? O que evita?
Poderá ter a surpresa de o seu companheiro/a lhe responder: “Eu também!” e uma porta há muito fechada se abrir e trazer alguma luz à vossa relação.
2 – Sente que a relação é pesada, custa respirar, já quase não riem, sente que não têm nada a ver um com o outro?
Uma relação de Amor não é uma cruz a carregar, um inferno, uma prisão, uma tortura, uma obrigação. Uma relação a dois é algo que faz bem aos dois, porque se não faz, o melhor é estar sozinho.
Sim, uma relação de Amor passa por todos os tipos de estrada, mas quando o “carro” não quer pegar e os dois começam a empurrá-lo todos os dias rua a baixo, e ficam logo exaustos para o dia todo, algo se passa.
Quando se pensa no outro e se respira como se estivesse em trabalho de parto e a dar à luz, só de pensar que vai ter de dizer o mesmo pela milésima vez pois ainda não entrou…
Quando já não riem, já não brincam, já não se divertem, já não se desafiam nem se “metem” um com o outro;
Quando tudo é demasiado sério, importante, racional, formal, mecanizado;
Quando olha para ele/ela e não consegue sentir um pingo de sintonia, de conexão, de cumplicidade, de afinidade e se pergunta “Quem és tu?” e “O que faço eu contigo?”,
Provavelmente chegou o momento de o descobrir!
3 – Já não sabe se a/o ama? Ou ama, mas esse amor fá-lo/a sofrer?
Um dos sinais que melhor evidenciam que algo pode não estar a correr bem, é começar a interrogar-se se ama o seu companheiro/a. É claro que essa dúvida pode surgir nas “melhores relações”, especialmente depois de calorosas discussões, mas ela dissipa-se rapidamente, porque os dois conhecem o caminho para encontrar o Amor que vive muito para além dos arrufos, desavenças e conflitos.
Se esta interrogação aterra no seu espírito como aviões no mais movimentado aeroporto, fique atento/a.
Se sente que continua a amar, mas que essa relação o faz sofrer, esse é também um sinal que não pode ignorar. Tente perceber e identificar a causa, ou causas, do seu desconforto. O que o magoa e lhe faz mal? Será que está relacionado com a relação, com o comportamento do seu companheiro/a ou com algum acontecimento da sua vida pessoal? Será que o deve aceitar? Converse com uma pessoa da sua confiança.
4 – As conversas estão impregnadas de críticas e culpa e os silêncios são maiores?
O “bolo” da discussão tem sempre os mesmo ingredientes: culpa, critica, generalização, acusação, ameaças… passados alguns segundos, se perguntar ao seu companheiro/a o que disse, não se lembra, mas você lembra-se!
O registo da guerra está sempre na segunda pessoa do singular, isto é: Tu,tu,tu,tu… bastava que mudassem o registo para: Eu,eu,eu,eu… para tudo mudar.
Se está a ver este filme, ou um outro cujo título é “Silêncio dói”, comece a pensar o que fazer, pois a continuar nessa sala de cinema, um destes dias, ou sai pela saída de emergência divórcio ou começa a somatizar de variadas formas e feitios.
5 – Tolerância: “0”. Compreensão: “0”, Empatia: “0”, Perdão: “0”.
Quatro sinais de que a relação precisa de ir à revisão. Não é o que faz com o seu carro? Então porque não faz com a sua relação? Sentem-se e tentem perceber porque se tratam assim e se fazem mal.
6 – Namoro: “extinto ou em vias de extinção”, Desculpas: muitas!
Se à palavra “namorar” associa passado e as desculpas para não namorarem se acumulam até ao teto, então provavelmente a vossa relação está a precisar de uma lufada de ar fresco e, a não acontecer, poderá, sim, correr perigo.
É assim tão difícil namorar? Se se esqueceu tente recordar um dos momentos mais bonitos quando os dois ainda namoravam. Que emoções sentiu… puxe pela criatividade, dê assas ao sonho e surpreenda quem ama. Deixar de o fazer pode significar o “nós” desaparecer.
7 – Está sempre à espera da próxima guerra e sente necessidade constante de se defender?
A sua relação é um desassossego? Nunca sabe quando a bomba vai explodir? Tem a artilharia pesada sempre pronta a disparar e os mísseis apontados ao inimigo?
Se assim é, você não tem uma relação, tem uma grande confusão na sua vida que só lhe faz mal.
Os dois precisam hastear a bandeira branca e encontrarem-se fora da zona de ataque, baixar defesas, perceber porque sentem necessidade de o fazer e escolher viver a relação e a vida de uma forma mais saudável, porque essa é destrutiva para os dois e destrói qualquer relação.
8 – Sente tristeza, raiva, irritação, ansiedade, injustiça, frequentemente, e vontade de fugir só para ter paz?
Só a voz dela/dele o irrita? As histórias, teorias e piadas são sempre as mesmas e fazem-no sentir desconfortável?
Pensa coisas menos boas a respeito do seu companheiro?
Quando ele/ela vai de viagem é uma maravilha?
Sente imensa vontade de ter paz?
Estas emoções já estão a comprometer a sua estabilidade e equilíbrio emocional, os resultados no seu trabalho e a sua saúde?
Tem dores de cabeça e de costas frequentes? Constipa-se muitas vezes? Dorme aos “soluços”?
Estes são sinais SOS. Não os ignore!
As suas emoções e o seu corpo estão a dizer-lhe que a relação pode estar em perigo. Converse com um amigo da sua confiança e/ou procure apoio.
9 – Existe falta de confiança, faltas de respeito, ou qualquer outro tipo de agressão?
Os ciúmes doentios, a traição e a falta de confiança podem minar uma relação ao ponto de comprometer a sua existência. Não, não é normal andar a ver o telemóvel do companheiro/a, controlar a sua vida ao minuto, desconfiar se está a dizer a verdade, pensar repetidamente que o vai abandonar e trocar por outra pessoa…estas são situações que a continuarem podem fazer com que a relação acabe.
A propósito da onda de violência doméstica que assombra o nosso País, quanto a este tema, preciso escrever em letras bem grandes e a bold o seguinte:
HUMILHAR E CHAMAR NOMES É MUITO GRAVE!
DAR ENCONTRÕES E EMPURRÕES É MUITO GRAVE!
MANIPULAR E PRESSIONAR É MUITO GRAVE!
AMEAÇAR É MUITO GRAVE!
DAR ESTALOS E BATER É MUITO GRAVE!
Gastam-se milhões de euros em outdoors publicitários de bens materiais e campanhas políticas, porque não se pegam nestas e em muitas outras frases e se faz uma verdadeira sensibilização/informação/ consciencialização da gravidade destes comportamentos?
Sim, é imprescindível mudar a atitude por parte das autoridades, a reeducação dos agentes do Estado, rever a proteção à pessoa que denúncia, mais centros de abrigo, mais apoio às associações que trabalham incansavelmente estas problemáticas… mas parece-me que mais importante que tudo isso é:
CONSEGUIR QUE QUEM ESTEJA EM RISCO DE SER VITIMA ou o seja, O SAIBA, e se SAIBA PROTEGER DESDE O PRIMEIRO MINUTO, e isso só se consegue COM INFORMAÇÃO E CONSCIENCIALIZAÇÃO DA GRAVIDADE DESTAS SITUAÇÕES E COM A CRIAÇÃO DE MAIS INSTITUIÇÕES DE APOIO ÀS FAMILIAS PORTUGUESAS.
10 – O “nós” e os afetos desvaneceram-se, a indiferença reina, não se sente valorizado e cuidado?
Nunca há tempo a dois, o interesse pelas necessidades do outro é quase inexistente, o foco está naquilo que está mal, os dois caminham no deserto dos afetos, a rotina tomou conta das suas vidas e o “nós” parece que se apagou sozinho. Não se sentem nem queridos, nem cuidados, nem amados. Os dois, ou apenas um, sentem-se autênticos bombeiros a apagar fogos sem cessar, e pior que isso, é que nem se veem de mangueira na mão, nem valorizam. Se estiver feito, não veem, se não estiver, apontam o erro!
Isto pode acabar em divórcio, cuidado!
11 – Passa a vida a retirar importância ao sucedido, a puxar “a carroça” sozinho, a andar atrás de quem não o vê… , já fez tudo e nada parece resultar?
Desvaloriza, nega, faz de conta, engole, digere mal, fica doente, mas continua a empurrar “a carroça” sozinho, a fazer tudo para agradar, para evitar discussão e conflitos, mas eles parecem estar fora do seu controlo. Pensa que a culpa é sua. Devia saber controlar melhor, ter mais ideias, fazer mais, desculpar mais, fechar mais a boca…
Escute: uma relação saudável são duas pessoas que assumem o compromisso de se fazerem bem, não é uma a viver um filme de terror e a outra a fazer a vida que quer.
Um destes dias essa “carroça” fica pesada demais e pode ir precipício abaixo. Que tal parar a “carroça” e começar a olhar para ela, tentando perceber que mercadoria é tão pesada e em troca do quê aceita carregá-la?
12 – Pensa muitas vezes: ”Isto está a fazer-me mal!”?
A nossa intuição é um dos presentes mais maravilhosos que o nosso Criador nos deu.
Sim, é verdade, por vezes é muito difícil escutá-la, porque ao fazê-lo somos como que forçados a tomar decisões que temos medo de tomar e a seguir caminhos estranhos e desconhecidos.
Mas, continuar a pensar que uma situação lhe faz mal e nada fazer, não lhe parece no mínimo, um contrassenso?
Se a sua intuição o está a fazer pensar isso, e a sentir angústia e ansiedade, é porque é preciso pensar porque está a acontecer.
13 – Sente-se atraído por outras pessoas?
Pensa noutras pessoas, fantasia com colegas de trabalho e sente necessidade de alimentar flirts ou conversas mais íntimas, procurando ter a atenção e valorização que o seu companheiro não lhe dá? Teve ou tem um amigo/amiga colorido, uma aventura com o vizinho/a do lado, ou está sempre nas redes sociais à procura de “algo”? Sempre o fez, ou apenas acontece desde que se afastaram?
Estas são situações que inevitavelmente colocam em perigo a relação, autênticos balões de oxigénio que podem explodir quando menos se espera.
14 – Não têm intimidade sexual?
Sim, existem casais que não têm intimidade sexual há uma eternidade. Isso é um sinal de alarme? Sim, é, a menos que os dois se sintam felizes e contentes com essa situação, o que é raro acontecer.
Sim, o estado da relação influencia a intimidade e a intimidade o estado da relação.
Quando a relação está fragilizada, na maioria dos casos, a intimidade está “hibernada”. Se isto se mantiver, pode levar à rutura. É preciso conversar!
15 – Não consegue superar o que aconteceu no passado?
Mágoa e ressentimentos cristalizados podem levar à separação. Aqui o “faz de conta” também não resulta. Por mais que custe é preciso falar sobre o que doeu tanto, sob pena de o afastamento se tornar crónico.
16 – A sua família e amigos estão preocupados consigo?
Por vezes é muito difícil termos o distanciamento suficiente para perceber o que se passa connosco e com as nossas relações. A família e os amigos, porque nos conhecem bem, conseguem perceber melhor quando algo ou alguém nos faz bem ou menos bem. Escute-os e faça-lhes perguntas.
17 – Prefere ficar no trabalho até tarde, ou sair com amigos só para não a/o aturar.
Não ter vontade de ir para casa e de estar com o seu companheiro é outro dos grandes sinais. Não o descure!
Quando não nos sentimos bem, o natural é procurar a ajuda do nosso companheiro. Se evita estar com ele para se sentir melhor, então existe um problema a resolver. De nada vale fazer como a “avestruz”! Vai passar a vida a fugir para não ter de aturar? Não é mais fácil resolver e sentir outra vez vontade de voltar para casa? Não é a fugir que os problemas se resolvem.
18 – Não existe mais um projeto de vida a dois.
Um projeto de vida a dois é um dos alicerces base de qualquer relação que se pretenda saudável e duradoura.
Se deixaram de sonhar, experienciar e criar a dois, de planear a dois, de se lançarem desafios e acreditarem ser possível concretizá-los, de saber gerir e resolver a dois, de sentirem que são uma equipa, e perderam a capacidade de se visualizarem juntos num futuro próximo ou longínquo, então o sinal está vermelho.
19 – No trabalho, em casa, na rua, no trânsito… pensa constantemente: “isto não funciona”, “não quero isto para mim”, “se calhar o melhor é separarmo-nos”, “não posso fazer isto aos meus filhos”, “o que faço?”
Todos estes pensamentos são sinais vermelhos! Todas as emoções que está a sentir ao tê-los são alertas de que precisa de fazer algo. Não os ignore! Se o fizer a rutura emocional será inevitável ainda que a “fachada” se mantenha.
Os primeiros pensamentos sobre separação equivalem ao soar do primeiro alarme de que o “barco” está com sérios problemas e pode afundar. É preciso identificá-los e ver se é possível solucioná-los, antes de tomar a decisão de saltar do barco.
20 – Dá voltas e voltas à cabeça para encontrar solução, mas o fim parece inevitável?
A sua cabeça não para e a esperança de que ainda seja possível voltar a ter uma relação de afeto, cumplicidade, e partilha, assemelha-se a uma miragem. Investiu toda a sua energia e tempo, acreditou, criou mil ilusões, teve infinitas expectativas, mas o inevitável fim parece aproximar-se cada vez mais…
Sim, estes pensamentos surgem pouco antes do fim de uma relação, e são a “antecâmara” da separação. Para trás fica um longo processo, mais ou menos silencioso, mais ou menos percetível de sofrimento a dois, quando não a três, quatro ou cinco.
Todas as relações amorosas passam por crises, altos e baixos, curvas e contracurvas, momentos difíceis, outros maravilhosos, momentos de desafio, outros de tranquilidade, tempestades, ventos fortes e tsunamis, dias de céu azul resplandecentes e arco-íris deslumbrantes. O Amor é encantado, provado, exaltado, testado, apaixonado, desafiado. Hoje não é igual a ontem, nem será igual ao amanhã. Existirão sempre novos acontecimentos, situações, questões, duvidas, dilemas, bloqueios… planícies, desertos, montanhas, oásis.
Mas em qualquer sítio, a qualquer hora do dia ou da noite, os dois estão de mãos dadas. Mesmo quando sentem vontade de tirar a mão e ir dar uma volta sozinhos.
O respeito está lá. A admiração está lá. A confiança está lá. A aceitação está lá. A partilha está lá. O Amor mora lá!
Os 20 sinais aqui presentes são apenas algumas das situações que a repetirem-se no tempo, precedem a crónica de uma relação terminada. São os principais sinais de alarme a que deve estar atento. Especialmente no que se refere à violência psicológica, verbal e física, preciso dizer-lhe o seguinte: Se já foi ou é vítima, ou alguma vez acontecer ser vítima de maus tratos, de qualquer género, confie no que a sua intuição lhe diz e, logo que acontecer a primeira vez, conte a uma pessoa de sua confiança, procure ajuda, afaste-se, proteja-se.
Quem inventou a crença de que quem ama deve aguentar tudo, era psicopata. Quem o ama não o violenta, e quem lhe faz mal tem de ser punido.
Se identificou alguns, ou muitos, destes 20 sinais na sua relação, converse com o seu companheiro. Se não descobriu nenhum, mas se mais tarde vierem a revelar-se, dê-lhes a devida atenção. Calar-se e deixar o tempo passar, apenas agrava a situação. Ignorar e negar o óbvio apenas o desgasta emocional e psicologicamente, quando não fisicamente.
A sua vida é a sua maior bênção, um tesouro a ser cuidado com todo o seu Amor.
O seu Afeto deve dá-lo a quem o respeitar e souber valorizar!
O seu Amor é um presente grandioso para quem o conseguir VER!
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