Central Park durante a visita da minha mãe
Tenho recebido mais visitas em Nova Iorque, do que em qualquer outra cidade onde também morei. Este facto pode suceder por esta cidade ser mundialmente conhecida como “a cidade que nunca dorme”.
Desde pequeno que me lembro, que ter uma visita em casa era sinónimo de comemoração e de alegria! Nada mudou com os anos, fico muito contente e entusiasmado em receber família e amigos, preparando a chegada, partilhar um copo, dividir um petisco, trocar ideias ou pensamentos, quer sejam banais ou profundos.
Uma das muitas razões que me fazem muito feliz com a escolha da cidade onde moro há quase 10 anos, é que por cá as visitas não faltam… ou é o amigo de um amigo que apenas precisa de umas dicas, ou são amizades recentes ou de infância, ou familiares diretos…não faltam e ainda bem!
mizades entrelaçadas entre Lisboa, Rio de Janeiro e Nova Iorque, com uma afilhada incluída
A verdade é que há sempre algo marcado com “visitas” no calendário e eu adoro poder participar no convívio e gosto muito de receber em minha casa e na minha cidade. É sempre um motivo para fazer “festa”! Ajuda-me com as saudades, com as novidades e ao mesmo tempo, também, me ajuda a reflectir em alguns “porquês” pessoais, enquanto vou falando sobre a minha Nova Iorque e sobre as minhas experiências neste canto do mundo, onde em abundância de opções esta cidade é Rainha!
Foto com diversas décadas de amizades, da escola preparatória até ao Oktoberfest no East Village
Ter a oportunidade de partilhar o meu dia a dia com visitantes em Nova Iorque é algo que valorizo bastante e a melhor parte é que nunca termina em monólogo. Acabo sempre por saber dos outros, conhecer coisas novas, relembrar velhos tempos e termino muitas vezes com a promessa da praxe de retribuir com uma visita minha aos visitantes. Apesar de não ser o objectivo destas visitas, estes encontros tornam-se num intercâmbio pessoal e sociológico, alimentando ainda mais a minha paixão por viajar e a minha sede de conhecer outras pessoas e outros países, contribuindo assim para o meu perfil de extrovertido inveterado.
Visita com direito a corrida pelo Rio Hudson
É sempre interessante quando me perguntam sobre o porquê de morar aqui, sobre o barulho, sobre as sirenes e sobre todas estas pessoas, tudo isto não incomoda? Há perguntas para as quais tenho resposta imediata, por exemplo: sobre onde compro pastéis de nata, sobre onde fica a minha pizza preferida ou sobre o último concerto que vi. Mas, depois existem outras perguntas que me deixam sempre pensativo e hesitante, como por exemplo: “pretendes ficar aqui para sempre”?
Brasil em Nova Iorque para relembrar bons tempos
Mais uma vez, e também por este tema, me considero um sortudo por estar neste epicentro, num sítio onde muitas, mas mesmo muitas visitas acontecem. E quem não gosta de companhia e atenção?
VISTO DE FORA
Dias sem ir a Portugal: 67 dias
Por aqui, nas notícias fala-se muito sobre o furacão Harvey e sobre o Presidente Trump.
Sabia que por cá é normal ter apartamentos sem sala, só quartos, cozinha e casa de banho, e claro, também é bastante normal apenas se encontrarem com os amigos fora de casa.
Um número estimada e surpreendente de 60 milhões de visitantes que Nova Iorque recebe por ano.
