O segredo é a alma do negócio. E a indústria de fazer dinheiro não escapa a essa regra. Há 12 gigantes financeiras que têm à sua disposição mais de um bilião (milhão de milhões) de euros para investir. Se fossem países, estariam entre as maiores economias do mundo e todas juntas valem um terço da riqueza global. E só a maior delas tem mais dinheiro para gerir do que a riqueza de Portugal multiplicada por 25.
O peso destes gigantes financeiros é de tal ordem que já há quem alerte para os riscos que a situação traz aos mercados mundiais, semelhantes aos dos excessos no subprime que causaram a maior crise das últimas décadas. No tema que dá capa à VISÃO desta semana o Rui Barroso foi perceber o modus operandi destas entidades e descobrimos quem são os patrões do dinheiro que decidem o futuro de milhões de milhões de euros e que têm um poder silencioso com o qual podem condicionar políticas de empresas, estados e de bancos centrais.
Aí estão as caravanas
O interior é assunto transversal a todas as propostas partidárias para as próximas eleições, mas quando chega a hora de partir para o terreno à procura de apoio os políticos escorregam de armas e bagagens para as zonas mais populosas. Fomos analisar o circuito por onde deverão passar as caravanas a partir do próximo domingo e o “roteiro da carne assada” mostra (com algumas exceções) a pouca atenção física dos candidatos aos eleitores do interior nas duas semanas de tudo por tudo no apelo ao voto. Um tema do Octávio Lousada Oliveira e do Pedro Raínho para ler às portas da campanha eleitoral… perdão, litoral. Até dia 6 pode acompanhar todas as notícias sobre a campanha no espaço dedicado às Legislativas no site da VISÃO.
Voto com retorno
Mas antes de dia 6 de outubro, em que seremos chamados a escolher os 230 deputados para os próximos quatro anos, alguns de nós ainda irão uma vez mais às urnas. Falamos das Legislativas Regionais da Madeira, que acontecem já este domingo e dão interesse acrescido ao confronto entre os dois partidos mais bem posicionados nas sondagens e à incerteza em torno da maioria PSD no arquipélago: a presença de eleitores “retornados” da Venezuela que, explica Filipe Luís, podem ser um fator decisivo no resultado final.
Democracias com pés de barro
Ainda a talhe de foice das eleições, pode encontrar nas páginas da VISÃO desta semana a pré-publicação de “Povo Vs Democracia”, o novo livro de Yascha Mounk. Na obra, o cientista político americano nascido na Alemanha analisa a evolução da relação dos cidadãos com as democracias e a atratividade cada vez maior que apresentam as alternativas autoritárias. Será que os regimes democráticos liberais são realmente sólidos como pensamos?, pergunta-se.
O grande matador
Nem tubarão, nem leão, nem aranha-negra. Metade da população que já viveu no mundo terá morrido por culpa da picada de mosquitos, que chegaram a ser usados como uma espécie de arma biológica por Adolf Hitler. A Sara Sá foi perceber os esforços para travar a ameaça do mosquito que passam muitas vezes pela libertação no ambiente de insetos geneticamente modificados.
Ambiente de esperança
Apesar dos sinais cada vez mais alarmantes que o planeta nos dá e da resistência de um embarque global nos compromissos de Paris, o antigo vice-presidente norte-americano, Al Gore, acredita que ainda vamos a tempo de dar a volta à situação. Um texto escrito para a edição especial da TIME sobre o futuro do planeta onde se sublinha o papel que as gerações mais jovens podem ter nesse combate pela razão. Uma luta que começa em cada um e onde podem fazer a diferença gestos como o uso da palhinha de bambu, que distribuímos com a revista nesta edição.
Ay, ay, ay
Na VISÃO Se7e, há tacos, enchiladas, malaguetas e tequilas. A Sandra Pinto, com uma mãozinha da Joana Loureiro e da Sónia Calheiros, visitou os melhores restaurantes mexicanos de Lisboa e do Porto e traçou um roteiro onde é possível sentir o verdadeiro espírito do país. Para aguçar o apetite, atreva-se “você mesmo” a fazer guacamole e tortillas de milho. Veja aqui o vídeo da aula de cozinha no Coyo Taco.
A palavra a…
O que dizem os cronistas na VISÃO desta semana:
“O Brasil, enfim, soltou um fundo suspiro de alívio – e a vida recomeçou, como se nunca, à superfície do planeta Terra, tivesse existido uma doença chamada Jair Messias Bolsonaro.”
“Um dos aspectos do fim do mundo que antecipo com mais expectativa (eis uma frase que se ouve poucas vezes) é a quantidade de selfies com bolas de fogo e chuvas ácidas que as pessoas vão conseguir colocar no Instagram e quantos likes vão ainda obter antes de o planeta explodir.”
“Quem sabe o que dirão os guias de Rostock daqui a duas ou três gerações, nascidos muito tempo depois da queda do muro de Berlim?”
“Embora os factos sejam o que são, a verdade é que não pode valer tudo para ganhar. Acima da vitória pessoal devia estar sempre aquilo que se chama o interesse nacional.”