Caro Leitor,
Já ninguém escreve cartas de amor, nem sequer por email. O amor, o erotismo e o sexo à distância, entre casais ou até desconhecidos, resumem-se cada vez mais a palavras virtuais que cabem em um tweet. O romantismo dá lugar à moda do “sexting” – em português descodificado, a troca de mensagens íntimas através de fotos ou texto. E chega a todas as idades.“Por sms, tweets, Whatsapp ou Messenger, começam e acabam relações, com muitas partilhas picantes pelo meio, códigos próprios e adrenalina em doses generosas”, escreve Clara Soares no artigo que faz a capa da VISÃO desta semana. As redes sociais e as aplicações converteram-se num “quarto escuro”, aberto 24 horas, mas que pode ter implicações para a vida. Que o diga o antigo congressista democrata norte-americano, Anthony Weiner, forçado a demitir-se depois de ser tornado público o material obsceno enviado a várias mulheres através do Twitter, uma das quais menor. Saiba como evitar ter problemas futuros e onde ficam os pontos de encontro digitais mais populares. Divirta-se, mas não se descuide. Um passo em falso e nada se apaga no universo da net.
Cerco final a José Sócrates
É também no mundo virtual que se aventura agora o antigo primeiro-ministro português. O novo canal de José Sócrates no YouTube, onde tenta desmontar as acusações contra si, coincide com o que parece ser o fim das pontas soltas na Operação Marquês. A reconstituição do circuito dos milhões – através de contas bancárias abertas pelo “amigo” Carlos Santos Silva – está fechada pelo Ministério Público, avança Sílvia Caneco. Logo nos primeiros três anos, depois de Sócrates chegar a São Bento, as contas na Suíça já teriam acumulado cerca de dez milhões de euros. Nos anos seguintes, o valor subiria para perto de 30 milhões, num esquema complexo de engenharia financeira. A maior fatia parece ter tido origem no GES. Um artigo a não perder na reta final de um processo que dura (e dura) há três anos.
O seu escritório já é do futuro?
Se está no emprego, olhe à sua volta. Não trabalha num open space? Os espaços comuns não ocupam metade da área total do seu escritório? Não tem direito a creche, a ginásio ou a algum espaço verde? Então é provável que o seu local de trabalho não pertença à nova geração de escritórios. A jornalista Alexandra Correia explica quais as seis tendências do escritório ideal e dá alguns exemplos de empresas, em Lisboa, que já lá chegaram.
As ramificações da Webrand em África
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estiveram na rota da agência de publicidade suspeita de ocultar financiamentos eleitorais proibidos para campanhas do PSD e de ser favorecida em concursos públicos. Miguel Carvalho, depois de um trabalho de investigação de 21 páginas sobre os esquemas das campanhas sujas, prossegue nesta edição com a rede africana da Webrand. As candidaturas de Manuel Inocêncio Sousa à presidência cabo-verdiana, em 2011, e de Filinto da Costa Alegre à chefia do Estado de São Tomé e Príncipe constam da lista. Mas também há empresas africanas. Saiba quais na edição em papel.
A art de vivre segundo Dior
Numa única década transformou a Maison Dior num império mundial. “Os vestidos devem ter uma alma”, dizia Christian Dior, desaparecido aos 52 anos em circunstâncias ainda hoje envoltas em especulação. Nos 70 anos da marca, a jornalista Maria João Martins recorda o costureiro francês de culto, que em 2017 continua a ser o mais duradouro e clássico entre os clássicos.
Hora de voltar ao sofá
Na VISÃO Se7e desta semana já estamos a preparar o regresso a casa. Sónia Calheiros, jornalista que todas as semanas acompanha as novidades em matéria de televisão, escreve sobre as 24 séries de ficção que vão valer a pena ver até ao final de 2017. Narcos, com Pêpê Rapazote no papel de um dos barões da droga, é uma delas. Veja aqui o que conta o ator português sobre a sua participação na terceira temporada da série.
No espaço de opinião, leia também as crónicas de António Lobo Antunes, Ricardo Araújo Pereira, Miguel Araújo, Rita Rato, José Carlos de Vasconcelos e Fernando Alexandre.
Na VISÃO, que chega esta quinta-feira às bancas, há muito mais para ler, como as últimas frases, gafes, incidentes e os pontos altos e baixos da campanha para as autárquicas de 1 de outubro selecionados por Filipe Luís. E já agora, que se fala em política, José Pedro Mozos foi medir o pulso à relação entre os dois partidos da direita portuguesa, antigos aliados no governo.
A edição em papel traz também um ‘presente’ em forma de livro: A Morte de Ivan Ilitch, de Lev Tolstoi. É o nono livro da coleção Ler Faz Bem, um projeto único para despertar a paixão pela leitura. “É um retrato implacável da nossa condição: não há sentimento que nele não figure, não há emoção que não esteja presente”, comenta o escritor António Lobo Antunes no prefácio do livro. Veja aqui o vídeo.
Nas bancas está também a VISÃO Júnior, com um dossiê especial de 18 páginas, dedicado ao regresso à escola, que inclui um calendário-mapa para tomar nota das datas de entrega dos testes e dos TPC.
Até para a semana ou até já em visao.pt