Portugal diz adeus ao sonho de juntar o título mundial de futebol ao de campeão europeu, perdendo por 2 bolas a uma contra uma equipa do Uruguai muito experiente, que marcou nas duas únicas ocasiões de golo de que dispôs. Faltou alguma sorte à equipa portuguesa, que terá realizado a melhor exibição da competição. Mas faltou também Cristiano Ronaldo, uma sombra do craque que, na primeira jornada, fez três golos contra Espanha.
Portugal entrou em campo com Gonçalo Guedes, na frente, no apoio a Cristiano Ronaldo. No centro do terreno, William recuperou dos problemas físicos e jogou um pouco mais recuado de Adrian Silva, que tinha o apoio de João Mário, à esquerda, e Bernardo Silva, à direita. Na defesa, Fernando Santos mudou apenas o lado direito, fazendo entrar Ricardo Silva para o lugar de Cedric.
E foi precisamente por esse lado que nasceu o golo do Uruguai, Suarez recebeu uma passe longo de Cavani, teve tempo para tudo, baloiu en frente a Ricardo e centro com conta peso e medida para Cavani aparecer solto na área a cebecear, nas costas de José Fonte para o fundo das redes.
Foi uma das poucas jogadas de ataque do Uruguai e contrariava a tendência que se verificava até aí na partida, com Portugal a mandar nas operações e fazer circular a bola. Jogava-se apenas o minito sete e havia muito tempo pela frente. E Portugal foi à procura do empate, mas até ao apito para o intervalo, apesar de ter tido mais posse de bola e de a fazer circular muito por toda a largura do terreno, nunca conseguiu furar a bem escalonada defesa contrária.
No segundo tempo, Fernando Santos reordenou a peças no ralvado. Passou Bernardo Silva para a posição 10, João Mário para o flanco direito e mandou Guedes encostar à esquerda. Portugal ganhou capacidade de entrar na área e foi criando perigo e cantos. Num deles, aos 55 minutos, Pepe restabeleceu a igualdade, num cabeceamento indefensável. E quando se pensava que a seleção nacional ia embalar para a reviravolta, um erro do mesmo Pepe, permitiu que um lançamento do guarda redes contrário chegasse a Edison Cavani, que voltou a iludir a marcação de Ricardo Pereira, e rematou de primeira, a entrada da área.
Foi, uma vez mais, o único remate do Uruguai à baliza de Portugal. Mas suficiente para levar Portugal de vencida. Experientes e muito seguros a defender, os uruguaios aguentaram a pressão asfixiante de Portugal até ao apito final e assegurar a presença nos quartos-de-final do Mundial, onde vão defrontar, na próxim sexta-feira, a França