Lisboa, 20 abr (Lusa) – O secretário-geral cessante da UGT, João Proença, afirmou hoje que um segundo programa de ajustamento a Portugal é “totalmente inaceitável”, defendendo que, a acontecer, “só um Governo saído de eleições estará legitimado para negociar tal memorando”.
“É totalmente inaceitável que se fale agora num segundo programa de ajustamento, que prolongaria a ultra-austeridade. E daqui queremos deixar bem claro que só um Governo saído de eleições estará legitimado para negociar tal memorando”, afirmou Proença, no discurso de abertura do XII Congresso da União Geral de Trabalhadores (UGT), que arrancou hoje em Lisboa.
O líder sindical reconhece que tanto a ajuda financeira externa como o memorando de entendimento com a ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) “condicionam as políticas” e que “há que prosseguir com o esforço de ajustamento” para que o país consiga regressar aos mercados.