Lisboa, 29 nov (Lusa) — O secretário-geral da UGT ameaçou hoje cortar relações com o Governo se o Executivo alterar o modelo contributivo da Segurança Social, descendo unilateralmente as pensões, ou recorrer ao fundo de estabilização financeira como garantia para empréstimos do Estado.
“Dadas as nossas responsabilidades perante os trabalhadores e perante o país, se o Governo não respeitar a autonomia do regime contributivo da Segurança Social e o quadro constitucional e legal que o rege, a UGT assumirá a rutura das relações com o Governo”, afirmou João Proença em conferência de imprensa.
Esta posição assumida pela estrutura sindical surge na sequência de uma entrevista do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na quarta-feira, à TVI, na qual o governante falou na necessidade de cortar 4 mil milhões de euros na despesa do Estado já em 2013 e na eventualidade de avançar com mais cortes nos salários e pensões.