Bruxelas, 23 nov (Lusa) — O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, indicou hoje em Bruxelas que Portugal pretende uma redistribuição diferente de “um possível cheque” extra de 1 000 milhões de euros de que venha a beneficiar, proposto pelo presidente do Conselho Europeu.
Passos Coelho, que falava no final de uma cimeira sobre o orçamento comunitário plurianual para 2014-2020, que terminou sem um acordo entre os 27 — adiado para o início do próximo ano -, indicou que a nova proposta apresentada na véspera por Herman van Rompuy contempla um envelope extra para Portugal, que, se vier a ficar consagrado no acordo final, o Governo gostaria de utilizar de outra forma, para não beneficiar apenas Lisboa e Madeira.
Van Rompuy propôs uma verba adicional para as regiões mais desenvolvidas de Portugal, designadamente 1 000 milhões de euros, dos quais 100 milhões seriam para a Madeira, tendo hoje o primeiro-ministro explicado que o objetivo do presidente do Conselho foi o de compensar o país por uma pesada quebra nos fundos de coesão e para evitar que, no âmbito das regiões ultraperiféricas, a região da Madeira perdesse 75 por cento do seu financiamento.