Lisboa, 20 nov (Lusa) – As três testemunhas ouvidas hoje em tribunal no julgamento de Vale e Azevedo, acusado de apropriação de quatro milhões de euros do Benfica, garantiram que o clube não tinha dinheiro e que o então presidente injetava dinheiro de contas pessoais.
A primeira testemunha indicada pela acusação, José Andrade e Sousa, vice-presidente com pelouro financeiro na direção de Vale e Azevedo, referiu que, quando o executivo tomou posse, “não havia dinheiro nem para papel higiénico” e afirmou que as verbas resultantes de transferências de futebolistas eram inexistentes.
“Não havia documentação de suporte no Benfica das transferências de jogadores”, declarou, desconhecendo os pormenores que envolveram as vendas dos britânicos Scott Minto e Gary Charles, o marroquino El Khalej e o brasileiro Amaral, que, segundo a investigação, possibilitaram a Vale e Azevedo apropriar-se de verbas.