Porto, 12 dez (Lusa) — O Sindicato da Construção de Portugal quer articular com a Igreja, secretaria de Estado das Comunidades e embaixada do Canadá medidas para anular a atuação de “redes mafiosas” que diz estarem a recrutar trabalhadores para o Canadá.
Em conferência de imprensa no Porto, o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, afirmou que “redes mafiosas constituídas por portugueses, espanhóis e canadianos” estão a contactar centenas de trabalhadores no Marco de Canaveses, Baião, Cinfães e Braga, a quem “querem cobrar 500 euros para os levar para o Canadá”.
Em troca, “oferecem” supostas “garantias” de um contrato de dois anos e um salário mensal na ordem dos 5.000 euros, aproveitando o anúncio do governo do Canadá de que a, partir de janeiro, o país precisa de 3.000 trabalhadores estrangeiros para trabalhar na construção civil, necessitando de um total de 320.000 imigrantes para trabalhos em obras nos próximos oito anos.