Porto, 22 ago (Lusa) — Os músicos portugueses estão solidários com as russas Pussy Riot, mas até agora, ao contrário do que aconteceu um pouco por todo o mundo, não se registam manifestações visíveis de apoio.
O julgamento e a condenação do grupo punk Pussy Riot a dois anos de cadeia na Rússia, por uma performance no interior de uma igreja, suscitaram manifestações de solidariedade de artistas como a Madonna, Bjork ou Peaches, que compôs mesmo uma música intitulada “Free Pussy Riot”, mas em Portugal tem prevalecido o silêncio da comunidade artística.
Alguns músicos, interrogados pela agência Lusa, consideram a condenação “descabida”, como a ‘rapper’ Capicua, Ana Fernandes, que acha “incrível em pleno século XXI, na Europa, assistir a um caso destes de repressão e de falta de liberdade artística e de expressão”. A portuense, que editou este ano o primeiro álbum, acha que o assunto “merece a visibilidade que tem tido e a preocupação de toda a gente que tenha alguma consciência política.”