Lisboa, 04 nov (Lusa) – O presidente do Banco Comercial Português (BCP), Nuno Amado, considerou hoje que o papel do Estado na captação de aforro se devia limitar à regulação, criticando a concorrência do novo produto de poupança estatal aos depósitos bancários.
“Nós já temos muita concorrência no setor. O Estado devia regular e não ser um ‘player’ [operador] ativo no mercado”, afirmou o banqueiro, sublinhando que “não é o que está a acontecer”, mas escusando-se a tecer mais comentários porque “é uma decisão do Ministério das Finanças”.
Nuno Amado tinha sido questionado pelos jornalistas sobre a sua posição acerca dos Certificados de Tesouro Poupança Mais, o novo produto de poupança do Tesouro. Lançado na quinta-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, este instrumento atraiu 59,7 milhões de euros em apenas dois dias, segundo os dados fornecidos à agência Lusa pela entidade pública.