Lisboa, 24 abr (Lusa) – O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) disse hoje que as taxas de juro cobradas pelos bancos aos clientes não deverão descer de forma significativa nos próximos tempos devido às “desvantagens competitivas” do sistema bancário português.
“Na situação atual em que sistema bancário vive, cheio de desvantagens competitivas, com custos de financiamento muito elevados e com imparidades a aumentar, não se pode esperar a curto prazo uma grande diminuição dos ‘spreads’ das instituições”, disse hoje Faria de Oliveira aos jornalistas, no Parlamento, à margem de uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças. Isso só poderia acontecer, acrescentou, se houvesse a “possibilidade de [os bancos] obterem benefícios ou bonificações”.
Faria de Oliveira afirmou ainda que a fixação das taxas de juro, sejam altas ou baixas, não é feita “por gosto”, mas com base num conjunto de fatores que influenciam o preço do dinheiro.