Lisboa, 14 nov (Lusa) – As relações económicas e empresariais entre Portugal e Angola mantiveram-se porque as trocas comerciais são vantajosas para os dois países, apesar da tensão diplomática que se manteve “artificialmente”, considerou hoje à Lusa o presidente da câmara de comércio.
Questionado se a ‘poeira já tinha assentado’, depois do anúncio pelo Presidente de Angola da suspensão da preparação da parceria estratégica entre os dois países, Carlos Bayan Ferreira explicou que “as poeiras mantiveram-se artificialmente no ar”, exemplificando com a questão das investigações a altos responsáveis angolanos por parte da Procuradoria-Geral da República portuguesa.
“O arquivamento da investigação do Ministério Público já tinha acontecido há três meses, mas só agora é que foi tornado público”, disse, argumentando que “os sistemas de limpeza política têm de funcionar porque as poeiras artificiais causam poluição”, referindo-se à importância que os poderes políticos têm na eliminação de fatores que podem prejudicar as relações políticas entre os dois países e, por consequência, as trocas comerciais.