Bruxelas, 14 nov (Lusa) – O ministro das Finanças irlandês observou hoje, em Bruxelas, que a decisão da Irlanda de não solicitar um programa cautelar para regressar aos mercados não significa que os outros países, designadamente Portugal, tenham de fazer a mesma escolha.
Falando à entrada de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, no dia em que o governo de Dublin anunciou que vai regressar aos mercados em dezembro sem recorrer a uma linha de crédito cautelar, Michael Noonan sustentou que esta decisão foi “muito ponderada”, após terem sido analisados os argumentos a favor e contra, mas sublinhou que os programas de assistência foram concebidos atendendo à situação específica de cada país, pelo que a “saída limpa” (sem apoio suplementar) da Irlanda não é necessariamente um precedente a ter de ser seguido.
“Se algum outro país, como Portugal por exemplo, o próximo na linha para sair, depois de ouvir os argumentos de ambos ao lados, decidir que é melhor ir para um programa cautelar, o facto de a Irlanda ter seguido numa direção não significa que seja um precedente que todos têm que seguir”, afirmou Michael Noonan.