Lisboa, 26 jul (Lusa) — Os partidos políticos portugueses “exigiram à população enormes sacrifícios”, mas, chamados a negociar, “foram incapazes de fazerem, eles próprios, o sacrifício dos seus interesses”, analisa o sociólogo António Barreto.
“Era necessário que todos os partidos, ou alguns deles, fizessem sacrifício das suas posições partidárias e dos seus interesses, e não o fizeram. Tendo, todavia, exigido que os portugueses ganhassem menos, pagassem mais impostos, ficassem desempregados, tivessem problemas muito sérios do ponto de vista social, económico e financeiros”, criticou o sociólogo e ex-deputado, em entrevista à Lusa.
A convicção de que “o interesse nacional é igual ao do partido” terá um preço, acredita o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que está a ultimar a conferência “Portugal europeu. E agora?”, agendada para 13 e 14 de setembro.