Lisboa, 24 jan (Lusa) – O PCP defendeu hoje que os dados relativos à execução orçamental de 2012, divulgados na quarta-feira à noite, não permitem garantir que o défice vá ficar abaixo dos 5%, mesmo com recurso a receitas extraordinárias.
“A divulgação no próximo mês pelo Instituto Nacional de Estatística do défice orçamental na ótica das contas nacionais irá clarificar o verdadeiro valor do défice, os números ontem [quarta-feira] divulgados não permitem, ao contrário do que o Governo diz, afirmar que objetivo do défice foi atingido, mesmo com as receitas extraordinárias”, afirmou o deputado comunista José Lourenço, em declarações à Agência Lusa.
Segundo o PCP, “a leitura de resultados na ótica de contabilidade pública, e de forma ainda não consolidada, mas incluindo já as receitas extra da ANA — 800 milhões de euros — e 272 milhões de euros da venda dos direitos de utilização da frequência de radiocomunicação de quarta geração e ainda os fundos de pensões, aponta para um défice de 8.412,5 milhões de euros – 5,1% do PIB, incluindo estas operações extraordinárias”.