Bissau, 16 jul (Lusa) – Mais de uma dezena de organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau acusou hoje as autoridades de transição do país de estarem a condicionar a realização das eleições a 24 de novembro ao querer um recenseamento biométrico.
Persistir num recenseamento biométrico, “não obstante a ausência das condições objetivas, técnicas, financeiras e temporais para o efeito” é uma tentativa de adiar as eleições e criar condições “para a continuidade do atual ´status quo´ caracterizado pela falta de legitimidade democrática, violações dos direitos humanos, a corrupção e clientelismo político”, dizem as organizações.
Nas eleições presidenciais do ano passado, interrompidas por um golpe de Estado, alguns candidatos contestaram os resultados e exigiram um recenseamento biométrico de raiz, algo que tem estado na ordem do dia desde então. Alguns partidos deixaram hoje de exigir um recenseamento biométrico e o próprio representante da ONU no país já defendeu que o melhor será um recenseamento manual.