Lisboa, 07 nov (Lusa) — O Conselho das Finanças Públicas (CFP) classifica de otimista a previsão de crescimento prevista no Orçamento do Estado para 2013 (OE2013) e que a mesma pode subavaliar o impacto das medidas de austeridade previstas na proposta governamental.
No relatório de análise da proposta do OE2013, a instituição liderada por Teodora Cardoso entende que “a previsão macroeconómica que serve de base à proposta (…) se apresenta otimista, podendo subavaliar o efeito das medidas orçamentais, designadamente sobre as expectativas dos agentes económicos, afetando o consumo privado, o investimento e o emprego”.
“Portugal tem tendido a manter previsões orçamentais otimistas e a lançar mão de medidas ocasionais, com duração limitada no tempo ou não recorrentes, de modo a facilitar o cumprimento dos objetivos definidos para o défice orçamental. Tal opção adia as reformas indispensáveis, prolonga o esforço de ajustamento e agrava os seus custos, podendo levar à perda de confiança no processo”, acrescentou o CFP no documento hoje divulgado.