Lisboa, 11 out (Lusa) — A margem de manobra para fazer mais cortes à despesa pública é muito limitada, acredita o antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos João Salgueiro.
“Mas que despesas é que se pode cortar? Toda a gente fala em cortar despesas, mas no quê? É despedir funcionários públicos, coisa de que o Governo começa agora a falar. É racionar medicamentos, o que também não é grande solução. É fechar escolas, e já se fecharam centenas. Ou é reduzir as pensões”, disse Salgueiro numa entrevista à Lusa.
“As quatro grandes despesas são estas – saúde, educação, pensões de reforma, e funcionários públicos. O resto conta muito pouco”, explica o antigo ministro das Finanças de Francisco Pinto Balsemão (1981-83).