Lisboa, 11 jun (Lusa) — Um estudo de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência revela os mecanismos por trás da formação do tronco e cauda em vertebrados e “pode contribuir para um melhor conhecimento” de algumas síndromas humanas congénitas, informou hoje a instituição.
No trabalho, publicado na segunda-feira na revista Developmental Cell, é “demonstrado que a transição da formação do tronco para a cauda está intrinsecamente relacionada com a indução da formação das pernas e da cloaca (abertura final dos tratos digestivo, reprodutivo e urinário) embrionária e que esta transição é coordenada por uma cascata genética desencadeada pelo fator de sinalização Gdf11”, indica um comunicado do Instituto Gulbenkian de Ciência.
A equipa dirigida por Moisés Mallo verificou, em experiências com ratinhos, que quando o Gdf11 é geneticamente inativado “os animais têm troncos maiores e as pernas se localizam mais longe dos braços” e que quando o Gdf11 é ativado precocemente o resultado são “troncos extremamente reduzidos” e pernas localizadas imediatamente a seguir aos braços.